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Construtora lança núcleo urbano de 7 milhões de m²

A WTorre anunciou hoje o lançamento da empresa Guanandi, um ramo do grupo que se volta para o segmento habitacional. Sua primeira empreitada é a elaboração de um núcleo urbano, com capacidade para absorver mais de 50 mil moradores, no Pará

Por Por Márcia Carini
Atualizado em 20 dez 2016, 18h52 - Publicado em 22 nov 2007, 21h56
30% da área tem sua vegetação nativa preservada.

Em três anos, um terreno de 7 milhões de m², na cidade de Parauapebas (sudeste do Pará), receberá 12 mil casas. Esse núcleo urbano criado pela Guanandi, uma empresa do grupo WTorre teve as diretrizes de ocupação do solo e a concepção deixada a cargo do arquiteto Jaime Lerner – ele elaborou soluções pensando nos impactos que um projeto desse porte pode causar na cidade (que hoje tem 130 mil habitantes). Cerca de 50 mil pessoas devem morar no novo núcleo urbano, que será entregue com infraestrutura (saneamento, água e luz) pela construtora. A princípio não há dinheiro público nessa empreitada. Por enquanto, a prefeitura atua como parceiro agilizando o processo de aprovação dos projetos. Mas o novo núcleo urbano contempla espaço para escolas públicas, postos de saúde, hospitais, bem como rede de transporte que devem, pouco a pouco, serem abastecidos pelo poder público. Mas parcerias no setor privado (com grandes redes de varejo por exemplo) também devem acontecer a curto prazo.

Para conseguir o ritmo de produção esperada (2400 casas serão entregues ainda em 2008), os dez modelos de casas, com áreas de 50 a 100 m², são modulares. Feitas com paredes de painel alveolar de concreto não armado, montadas em guias sobre lajes radier, o sistema de construção é simples. Isso deverá significar 40% a menos de material do que pediria uma casa convencional e 50% a menos de mão-de-obra (o sistema de montagem deverá ser executado inclusive por operárias mulheres). Mas a empresa faz questão de pontuar que não são casas pré-fabricadas ou descartáveis. Os preços das unidades serão divulgados na próxima semana, mas o público que se deve atingir é o de renda familiar a partir de 4 salários mínimos. O presidente do grupo, Walter Torre Jr., adiantou que as prestações deverão ser menores do que o valor do aluguel, hoje muito inflacionado na região em função da demanda (a cidade cresce a um ritmo de 19% ao ano). As condições de financiamento oferecidas pelo Bradesco, um dos parceiros do projeto também impressiona: as unidades poderão ter até 90% de seu preço financiado por 300 meses e a análise de crédito poderá ser feita por histórico de conta bancária (já que parte da cidade não se emprega formalmente e, portanto, não tem holerite). O principal lucro da empresa, no entanto, não deve vir da venda das casas, mas da valorização imobiliária que esse núcleo urbano deverá ter em pouco tempo. Considerando a qualidade de vida do novo “bairro”, os terrenos disponíveis terão seu preço muito valorizado. É com olho no público que disputará esses lotes que a Guarandi se empenha. Os grandes nomes do varejo (muitos deles já clientes da Wtorre) também deverão representar novos (e rentáveis) projetos para a construtora. Em três anos, a Guarandi deverá representar um faturamento de 15% do grupo Wtorres, mas a empresa avalia que o segmento é um dos mais promissores entre os quais ela atua.

Este é um dos 10 modelos de casas modulares disponíveis no projeto da Guana... Sala do protótipo de 50 m² montado em São Paulo. Cozinha do protótipo de 50 m² montado em São Paulo pela construtora. Detalhe da laje que também é feita de concreto alveolar. Diferentemente das... As placas de concreto são colocadas sobre uma guia, também de concreto, na ...

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