Continua após publicidade

Casas portáteis são a tendência do morar

Por por Natália Garcia
Atualizado em 20 dez 2016, 18h13 - Publicado em 1 ago 2007, 13h18
Um título para uma foto sem titulo

Como será a casa do futuro? Quais as tendências do morar em 2015? Esse foi o tema da palestra do diretor do Núcleo Casa da Editora Abril, Angelo Derenze, num encontro no Centro Cultural Britânico ontem à tarde promovido pela La Lampe, empresa especializada em iluminação.

Levando em conta o cenário traçado pela pesquisa “Tendências do Morar 2015”, Derenze apontou como deverá ser a casa no futuro. “O uso da tecnologia na moradia é o que mais deve se intensificar”, comentou. É a tendência da conectividade – que poderá ser levada para qualquer lugar. “Teremos verdadeiras casas portáteis”, comparou Derenze para explicar o fato de que equipamentos estão cada dia mais portáteis. Também ficam mais fortes o consumo consciente e a interação social da família ao mesmo tempo em a individualidade será preservada – espaços de convivência e de introspecção tendem a ficar mais definidos. “A casa do futuro será um organismo complexo, amplamente informatizado, que servirá tanto para receber as pessoas quanto para se sentir acolhido e seguro”, disse Derenze.

Nesse evento, o diretor do Núcleo Casa apresentou os resultados da pesquisa do Grupo Casa “Tendências do Morar 2015”. Essa é a terceira edição do levantamento, que tem o objetivo de avaliar a evolução dos significados da casa para o brasileiro. Nesse estudo qualitativo conduzido em três capitais, foram detectados os perfis das famílias modernas e de que maneira o seu momento de vida influencia no cuidado com a moradia. Além das tradicionais formações familiares, destacam-se dois perfis que sinalizam novos comportamentos: casais homossexuais e filhos cangurus (indivíduos com mais de 30 anos que ainda moram com os pais). Segundo os resultados das entrevistas, os primeiros são mais ousados na escolha e combinação dos objetos enquanto os últimos buscam um espaço pessoal que traduza a sua personalidade.

A pesquisa traz ainda cinco tendências reconhecíveis. São elas:

Continua após a publicidade

1. Acolhimento e aconchego. A casa é um refúgio projetado especialmente para o nosso conforto. O antigo hábito, dos anos 1980 e 1990 de mobiliar tornou-se hoje decorar a casa. “Essa mudança de verbo diz muito”, comentou Angelo.

2. Interação social. Agora, a moradia é o centro de convívio dos que moram lá. Vem daí a tendência de abolir as paredes, integrando os ambientes, e, por conseqüência, as pessoas que ali vivem.

3. Conectividade. Em tempos digitais, estamos on line o tempo todo. Além de conectar os moradores, o uso tecnologia nas residências deve ser intensificado para simplificar as rotinas domésticas e ganhar tempo. “Daí a valorização de um espaço para escritório em casas e apartamentos”, comentou.

4. Individualização. Por menor que seja a casa, todos que moram nela querem ter um espaço individual, onde tenham privacidade. “Alguns casais têm, inclusive, optado por duas suítes, para poderem dormir sozinhos”, disse Derenze.

Continua após a publicidade

5. Consumo Consciente. A preocupação com a ecologia tem levado os consumidores a pensar antes de comprar. “Tem crescido a preferência por produtos ecologicamente corretos, que gastem menos energia ou que não agridam o meio ambiente”, concluiu o diretor.

Sobre a pesquisa Tendências do Morar 2015 – Sob orientação de Oscar Cesarotto, psicanalista e professor de Comunicação da PUC/SP; Marcelo Tramontano, coordenador do Nomads/USP; Thomaz Assumpção, engenheiro e presidente da Urban Systems Brasil; e Andréia Moassab, arquiteta e urbanista, foram realizadas 35 entrevistas com pessoas das classes A e B, de 25 a 50 anos, em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba – todas com estreita ligação com a moradia. O grupo apontou dois novos perfis de moradores e seis tendências comportamentais que vão sobressair nos próximos anos. “Antecipando o que vai acontecer com a casa, temos a oportunidade de fazer uma revista que ajuda o brasileiro a morar cada vez melhor”, explica Ângelo Derenze, diretor do Núcleo Casa, da Editora Abril.

Um título para uma foto sem titulo Um título para uma foto sem titulo Um título para uma foto sem titulo

Quer ver uma matéria sobr eas tendências de morar, clique aqui

Publicidade