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Cadeiras decoradas celebram dez anos de empresa de eventos

O negócio de Flávia Terpins começou com um conteiner cheio de mil cadeiras de festas. Para celebrá-lo, a empresária fez uma exposição de cadeiras

Por Por NIlbberth Silva
Atualizado em 16 fev 2024, 14h10 - Publicado em 9 ago 2013, 13h39

Cadeiras emplumadas, cobertas por ramos de buchinho e revestidas com pelúcia azul ficarão expostas no Shopping JK Iguatemi, em São Paulo, entre 14 e 27 de agosto. O condomínio de lojas de luxo recebe a Chair Parade, uma versão moveleira da Cow Parade, aquele evento em que artistas plásticos espalham vacas de fibra de vidro customizadas pelas ruas das cidades grandes.

Serão vinte cadeiras diferentes, transformadas por decoradores de festas, a pedido da empresária Flávia Terpins. A exposição celebra os dez anos da 100% Eventos, a empresa de decoração de cerimônias classe A que Flávia montou em parceria com sua mãe, Paola de Piccioto.

O negócio decolou, em boa parte, por causa de uma cadeira de festa.

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Não é qualquer cadeira. Flávia foi a primeira pessoa a alugar no Brasil cadeiras do tipo Italiana, também conhecidas como Tiffanys ou Chiavarinas. Criada em 1807 pelo italiano Giuseppe Descalzi, a Chiavarina é fácil de empilhar, leves e muito, muito bem relacionadas.  Por exemplo: há fotos do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, usando os modelos nos jantares que dá na Casa Branca.

Por isso, Flávia e a mãe resolveram trazer dos Estados Unidos um conteiner com mil Tiffanys, em 2003. Os ricaços paulistanos adoraram. “A gente virou a Flávia e a Paula das cadeiras. Nem tínhamos sobrenome!”, lembra a moça.  

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Assim, as duas firmaram-se em um nicho de mercado pouco explorado em São Paulo: o de móveis de luxo para festa. E a 100% Eventos cresceu. Passou a alugar mesas, sofás, flores, abajures, mais cadeiras  –  clássicas, modernistas, chiavarinas coloridas, pós modernas com desenho do designer francês Phillippe Stark.  

Hoje, a empresa personaliza os móveis, monta cenários sob medida para as celebrações e desenha mobiliário para alugar. Flávia e Paola lideram uma equipe de 110 funcionários, que trabalham em um galpão de 8 mil m² com docas e elevadores. O estoque tem 20 mil peças.  

As empresárias atendem festas de 15 e depois, 18 e 21 anos, megacasamentos e até comemorações de divórcio.  Com tanta vontade (e tempo) de celebrar, os milionários sofrem, vejam só, com a carência de serviços para celebrações de luxo. A 100% eventos chegou a trabalhar em 30 eventos numa só semana.  A empresa despacha festas pré-fabricadas de São Paulo para Brasília, Cuiabá, Salvador…  As flores vão dentro de um caminhão refrigerado.

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O negócio das celebrações épicas tem suas dificuldades. Esse ano, por exemplo, as vendas desaceleraram.  “Meu público é muito sensível à economia”, explica Flávia. “O que a gente faz é supérfluo. Quando tem uma crise econômica, as pessoas param de fazer evento, principalmente empresas”.  Mas, mesmo nos momentos mais pobres, o Brasil tem seu quinhão de milionários.  E a empresa segue desenhando móveis para a Copa de 2014. 

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