Galeria Verniz ocupa antiga funilaria com peças garimpadas de design
Espaço de 730 m² apresenta grande parte de seu acervo, além de exibir peças de marceneiros do bairro, novo point do design na capital paulista
A Galeria Verniz, criada por Paulo Bega, Fábio Matheiski e Luciano Tartalia, acaba de ganhar um novo espaço. Antes ocupada por uma funilaria, a nova área tem 730 m², sendo que o pé direito chega a 8m de altura em seu ponto central. Durante a reforma, foram resgatados aspectos originais e históricos do ambiente, típicos das casas dos antigos comércios da Barra Funda.
“A gente tem o desejo por tudo mais clean, mas deixamos a entrada do galpão do jeito que estava e mantivemos a fechada original, com a marca do tempo. A parede e o teto estão descascados. Chegamos para participar dessa efervescência cultural do bairro e dialogar com a produção local. Não seremos apenas uma loja vintage”, comenta Matheiski.
Para quem não sabe, a Galeria é reconhecida pelo seu acervo de peças de mobiliário assinado garimpadas. Além delas, também estão disponíveis peças feitas por marceneiros da região.
“Teremos seis profissionais aqui da Barra Funda na abertura. Estamos ocupando um espaço maior para também mostrar as nossas peças que estavam no estoque. Queremos, a partir de agora, que a Verniz tenha uma agenda com exposições de artes plásticas e eventos de design”, comenta Tartalia.
Quem passar pelo local também conhecerá os tradicionais itens icônicos decorativos assinados por grandes artistas.
“Quando criamos a Verniz, começamos a misturar o mobiliário moderno com móveis industriais e peças que ainda não eram tão valorizadas. Olhamos também para o mobiliário brasileiro e o resgate histórico de nomes importantes ao longo desses anos com uma seleção de peças com valores mais convidativos”, avalia Bega.
Destaques
Entre os objetos em destaque na nova sede da Verniz estão a mesa de jantar e cadeiras em jacarandá de Jean Gillon, a escultura em madeira de um artesão mineiro, o painel em madeira do artista plástico Hugo Rodrigues, a poltrona moleca em jacarandá de Sérgio Rodrigues, a cadeira rústica de um artista desconhecido e a escrivaninha em caviúna da antiga fábrica de Móveis Cimo.