Misturas de efeito
Quer sair da mesmice? Aposte nas listras, que trazem personalidade ao ambiente
Elas chegaram aos poucos, na esteira da infinita variedade de cores trazida pelas máquinas tintométricas. Primeiro, foram vistas em projetos para quartos de bebê. Aos poucos, o horizonte se abriu para experimentações e a pintura de faixas ganhou as paredes de outros ambientes. “As listras estão acima de qualquer modismo”, sentencia o designer de interiores Fuad Murad, de São Paulo. Diferenças nas tonalidades e nas espessuras das riscas – ora simétricas, ora irregulares – compõem a personalidade do projeto. Atualmente, todas as suas apresentações estão em alta. “As verticais dão sensação de amplitude, e as horizontais, de profundidade”, ensina o designer. Largas, elas deixam o visual mais leve. No entanto, se você prefere as estreitas, certifique-se de que o amontoado de cores não vai poluir o ambiente. “Se for numa extensão pequena, o risco de embaralhar a visão é menor”, explica a arquiteta paulista Alice Martins. E atenção à escolha das cores, pois tons vibrantes podem cansar a vista. “Cores intensas ficam melhor em listras estreitas ou na base do desenho, para dar equilíbrio”, completa Alice.
Brilhante e fosco
Como o lavabo tem dimensões reduzidas, apenas 2,75 m2, a designer de interiores Marli Assis, de Santo André, SP, apostou em faixas largas. “Optei por tons delicados”, conta. Na base, ela usou tinta acrílica areia de acabamento fosco (Renner, 6620) e, sobre essa camada, pintou listras de 10 cm de largura no mesmo tom, com acabamento semibrilho. Para concluir o trabalho, do piso ao teto, o pintor Dirceu Veiga levou um dia.

Feitas em casa Depois da reforma que eliminou paredes de seu dúplex na capital paulista, o designer de interiores Fuad Murad brindou com listras todo o andar inferior. “O ambiente ficou mais alegre”, afirma. Inspirado em estampas de tecidos, ele chegou às tonalidades finais misturando aleatoriamente tinta látex PVA branca e corantes preto e vermelho (todos da Suvinil), intercalando as faixas com outras duas cores que serviram como base, areia (Suvinil, 2) e tabaco (Suvinil, 34).

Sem monotonia
A idéia era deixar a cozinha mais estilosa, e, para isso, a dupla carioca Andressa Almeida e Luciana Ventura fez vários estudos até concordar com o tom chocolate (Suvinil, M-13). Só então as arquitetas elegeram o bege (Suvinil, V-110), o verde-pastel (Suvinil, N-066) e o verde-cítrico (Suvinil, K-060). Para serem fiéis ao seu projeto, elas tiveram de diluir as tintas na hora da aplicação, a fim de obter exatamente as cores que haviam planejado.
