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Internet sem fio: um guia superfácil para deixar sua casa conectada

Montar uma rede wi-fi, aproveitando a conexão oferecida por sua operadora de banda larga, não é difícil. O segredo pode estar no roteador – aprenda tudo sobre ele

Por Texto e reportagem visual Bárbara Trevisan / Ilustrações Célia Hanashiro
Atualizado em 20 dez 2016, 21h08 - Publicado em 3 abr 2014, 19h26
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Navegar na web já é um dos passatempos preferidos do brasileiro. E o hábito só tende a crescer com a popularização da internet sem fio, também chamada de wi-fi. Com ela, fica fácil e rápido criar uma rede doméstica, ou seja, conectar diversos dispositivos – como computador, smartphone e tablet – a um mesmo sinal de banda larga. O primeiro passo, vale lembrar, é assinar um plano de internet. Negócio fechado, a operadora se encarregará de ir até sua casa para fazer a instalação do modem, equipamento que servirá de “guardião” da conexão contratada. A partir daí, há a opção de ligá-lo por meio de um cabo diretamente ao computador, no entanto, se a ideia for usufruir das maravilhas do wi-fi, se faz indispensável plugá-lo a um roteador. “Esse aparelho espalha o sinal da banda larga pelo ar, porém oferece segurança para que intrusos não consigam roubá-lo”, ressalta Alexandre Lessa, da Cisco. Pronto para conhecer o coração da rede sem fio? Desembaraçamos os nós para você aproveitar seus benefícios da melhor maneira!

Galeria: 10 roteadores a partir de R$ 58

 

Dicas essenciais para encontrar o equipamento perfeito

 

O que deve ser levado em consideração antes da compra?

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Entender as principais características dos roteadores – e como elas se relacionam com o tamanho de seu lar e a velocidade de sua web – é o passo inicial.

 

ANTENA: é responsável por espalhar o sinal pelo ar. Mas não se engane: o tamanho não interfere na qualidade. Aliás, muitos aparelhos têm antenas internas. Sua capacidade é medida em dBi – quanto maior esse número, melhor o alcance (5 dBi é o mínimo sugerido). Já a quantidade ideal de antenas para que a internet alcance todos os cômodos é definida pela metragem da casa. Eis a recomendação de Rodrigo Paiva, da D-Link: “Em imóveis de até 70 m², uma anteninha é suficiente. Entre 70 m² e 150 m², são necessárias duas. Acima disso, contar com três é o melhor negócio”. E vale anotar este conselho de Fernando Keiji Honda, da Gothan: “Mesmo que seu roteador não seja muito bonito, não é legal deixá-lo escondido atrás de algum móvel, porque qualquer parede ou objeto pode causar interferências”.Colocá-lo em uma prateleira ou móvel alto ajuda bastante. Se morar em um sobrado, posicione-o sempre no segundo piso.

VELOCIDADE DO WIRELESS: medida em Mbps (megabits por segundo), é a rapidez com que o roteador transmite aos diversos dispositivos o sinal que recebe do modem. A tecnologia mais veloz atualmente, a AC, chega a mais de 600 Mbps, sendo compatível com as novas supervelocidades de internet que começam a ser disponibilizadas pelas operadoras brasileiras. Outras tecnologias, mais comuns, alcançam 150 Mbps ou 300 Mbps, por exemplo. O importante é que a capacidade do roteador esteja alinhada com a velocidade da sua banda larga. Ou seja, de nada adianta ter uma conexão potente se seu equipamento não suportar esse tráfego – da mesma forma, não tem utilidade nenhuma ter um aparelho de ponta se o plano da operadora contratada for fraquinho. Eis o resumo da ópera: para banda larga de até 10 MB, a velocidade do wireless deve ser de 150 bps. Entre 10 e 50 MB, 300 Mbps é o ideal. Para mais de 50 MB, invista em um equipamento com no mínimo 600 Mbps. A rapidez final de sua internet também pode diminuir caso haja dispositivos demais online simultaneamente – como computadores, celulares, tablets, televisão e videogames. No entanto, quanto maior a velocidade do wireless, menor a chance de a rede travar, mesmo se estiver lotada. “Muita gente liga para a operadora para reclamar de sinal baixo e conexão lenta quando, na verdade, o problema está dentro de casa, no roteador de tecnologia defasada”, argumenta Rodrigo, da D-Link.

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FAIXA DE FREQUÊNCIA: Assim como os rádios, os roteadores transmitem o sinal usando determinadas frequências de ondas. A de 2,4 GHz é a mais antiga, e a de 5 GHz, a mais nova – e também a mais veloz. “A de 5 GHz sofre menos interferência porque os equipamentos que temos em casa, como o controle remoto, o telefone sem fio e o forno de micro-ondas, costumam trabalhar em 2,4 GHz”, justifica Isaac Alonso, da Belkin. Já ouviu falar de dual-band? São os aparelho capazes de operar nas duas frequências, simultaneamente ou não.

Que funções extras um roteador pode oferecer?

 

Se o equipamento tiver uma porta USB comum, por exemplo, é possível usar o wi-fi para compartilhar impressoras e até arquivos de pen drives. Outro tipo de entrada USB é compatível com modens de 3G – aqueles dispositivos bem pequenos, que recebem o sinal da web via satélite e podem ser usados em qualquer lugar. A função “controle dos pais” é útil para impedir o acesso de crianças a páginas inapropriadas.

O que é e para que serve o protocolo de segurança?

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Para proteger sua rede com senha. Afinal, você não vai querer a vizinhança toda usando sua internet, certo? Nesse quesito, os roteadores de hoje costumam suportar as tecnologias WPA e WPA2 – embora a segunda seja mais moderna, ambas são confiáveis. Se suportar apenas WEP, evite. “Por ser mais antiga, ela apresenta brechas e bugs”, explica Rodrigo.

 

O que é modem roteável?

 

Muitas vezes disponibilizado pela operadora, é um aparelho que conjuga as funções de modem e roteador. Segundo os especialistas, porém, esse produto não costuma primar pela qualidade. Nesse caso, a saída é acoplar a ele um roteador tradicional – tudo funciona igualzinho à conexão normal

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Se o computador não é wireless…

Notebooks e desktops antigos podem não ser compatíveis com as redes sem fio, mas resolver a questão é fácil: basta lançar mão de um adaptador portátil. Quando encaixado em uma entrada USB, este pequeno notável, parecido com um pen drive, torna qualquer computador compatível com o sinal de wi-fi. A configuração varia conforme o modelo, mas, em geral, não requer prática, tampouco habilidade.

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1 – Menor que uma moeda de R$ 1, o TL-WN725N, da TP-Link, transmite o sinal da internet a uma velocidadede 150 Mbps. GoGeek, R$ 43,80.

2 – Da D-Link, o DWA-131 é mais ligeiro,chegando a 300 Mbps. Extra, R$ 107,10.

 

Repetidores: sinal multiplicado

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Se você está satisfeito com a velocidade de seu roteador, mas precisa melhorar o sinal em algum ambiente da casa, a solução pode estar no uso do repetidor. “Ele funciona exatamente como um roteador, porém, em vez de criar um novo sinal, apenas retransmite o existente”, explica Fernando, da Gothan. Esse apetrecho é prático e compacto: basta conectá-lo na tomada do cômodo sem sinal, apertar o botão WPS no roteador e, em seguida, o mesmo botão no repetidor e pronto! Isso evita que você seja obrigado a pagar por dois pontos de internet caso seu imóvel seja grande demais ou tenha paredes muito grossas. Outra vantagem é poder levá-lo em viagens para obter o melhor o sinal de wi-fi em quartos de hotel, por exemplo. Em tempo: o WPS é o botão usado para sincronizar novos dispositivos sem precisar de senhas – já foi diferencial, mas atualmente faz parte da maioria dos produtos disponíveis no mercado.

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1 – Além de repetidor, o DIR-505, da D-Link, também funciona como roteador portátil. Basta ligá-lo ao cabo de seu modem, e ele sincroniza automaticamente, porém sem proteção por senha. A velocidadeé de 150 Mbps. Girafa, R$ 164,68.

2 – Mais veloz do que os repetidores comuns, o GWR-130, da Gothan, alcança 300 Mbps. Gimba, R$ 149.

 

*largura x profundidade x altura.

Preços pesquisados em 7 de fevereiro de 2014, sujeitos a alteração.

Todos os roteadores desta seleção possuem botão WPS e suportam os protocolos de segurança WEP, WPA e WPA2.

 

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