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Dicas de arquitetos para montar um espaço pet em casa e inspirações

Arquitetos explicam o que consideram na hora de criar um espaço pet em projetos residenciais e como incorporam as necessidades dos animais na decoração

Por Redação
11 out 2023, 19h00
Projeto de Studio Guadix. Na foto, sala de estar com sofá cinza e cachorro deitado no chão
 (Guilherme Pucci/Divulgação)
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Os espaços pet friendly são realidade tanto nos projetos residenciais, como nos comerciais. E essa consciência não é para menos, já que o Brasil ocupa a terceira colocação no ranking dos países com a maior população pet do mundo, ‘perdendo’ apenas para a China e os Estados Unidos, conforme dados da consultoria alemã GSK. De acordo com o Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há um total de 203 milhões bichinhos nos lares de todo território nacional.

Projeto de BMA Estúdio. Sala de estar com piso de porcelanato e cachorro ao lado do sofá.
Neste projeto assinado pelo arquiteto Bruno Moraes, o JB, cachorro da raça pastor de shetland, tem livre circulação por todos os ambientes do a apartamento. Para o piso, o porcelanato com aparência de cimento queimado deixa a manutenção do dia a dia bastante simplificada. (Guilherme Pucci/Casa.com.br)

Experientes em ouvir os desejos de cada tutor, um time de arquitetos compartilha dicas importantes para os projetos de interiores e são unânimes em afirmar: dá sim para conciliar excelentes escolhas e decisões dentro de cada estilo de décor. Acompanhe:

Espaço para pet em casa

Projeto de Cristiane Schiavoni. Na foto, espaço pet com brinquedos para gatos.
(Guilherme Pucci/Casa.com.br)

Os pets sempre fizeram parte de nossas vidas, mas até certo tempo atrás, as casas não eram pensadas para promoveram essa inclusão. “Quando sei que meus clientes têm um bichinho de estimação, busco conhecer as características e hábitos para que ele faça parte e usufrua do projeto”, argumenta a arquiteta Cristiane Schiavoni. Embora todas as escolhas do décor sejam pensadas também para eles, ela diz que dentro de uma arquitetura pet friendly é fundamental definir um espaço totalmente dedicado aos mascotes.

Sobre o que esse local deve ter, Cristiane explica: “É sempre necessário conhecer os hábitos de cada tipo de pet, cachorro, gato, coelho, etc. Hábitos de higiene, conhecer o porte do animal, que tipo de alimentação, para pensar nos espaços, nas soluções. Até a questão da personalidade, por exemplo, os gatos amam afiar as unhas, todos sempre precisam disso. Temos que entender como cada pet precisa se relacionar com a casa, para a gente desenvolver o projeto”.

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Projeto de atelier C2Ha que inclui um cantinho para pets na varanda com direito à jardim vertical. (Gisele Rampazzo/Casa.com.br)

Júlia Guadix, do escritório Studio Guadix, partilha dessa mesma opinião. “Em todo projeto que faço para donos de pets, deixo sinalizado o lugar da caminha, tapete higiênico ou caixa de areia, comedouro, bebedouro e os brinquedos. Sempre sugiro que esses itens estejam em harmonia com a decoração da casa, seguindo referências como a paleta de cores, por exemplo”, destaca a profissional.

Dicas para ter um espaço para gatos em casa

Projeto de Cristiane Schiavoni. Na foto, espaço pet com brinquedos para gatos.
Neste projeto assinado pela arquiteta Cristiane Schiavoni, a varanda integrada tornou-se o playground para os dois gatinhos da família composta por um casal com dois filhos pequenos. A estrutura com arranhador, escadinha e nichos ficou harmônica com o décor e super alinhada com a dinâmica de brincadeiras dos felinos. (Guilherme Pucci/Casa.com.br)

No caso dos gatos, é comum se sentirem mais seguros e confortáveis quando estão em um ponto alto do chão, pois o corpo deles apresenta uma estrutura propícia para essas atividades. “Por isso, para uma família com dois gatos, propus uma área de brincadeiras que ficou sensacional e de forma nenhuma destoou com a decoração. Digo que foi totalmente o contrário, pois a estética se completou”, relembra a Cristiane.

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A arquiteta completa que é preciso ter brinquedos, arranhadores e locais para escaladas, para que os felinos não acabem atacando a mobília. “Eles precisam passar as unhas, por isso colocamos o arranhador para que ele não precise usar os móveis. Gatos precisam se exercitar, subir em coisas, então quando a colocamos escadas, é porque realmente, se não fizermos isso eles vão para o armários e prateleiras.”

Dicas para ter um espaço para cachorros em casa

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Projeto de Yannick Athia com caminha de cachorro embutida na marcenaria. (Max Fahrer/Casa.com.br)

Já em lares com cachorros, Cristiane oriental que o ideal é projetar um cantinho que propicie uma visão ampla das pessoas que transitam pela casa durante o dia, visto que essa presença próxima é sinônimo de segurança e felicidade para eles.

Como escolher o tecido dos tapetes, sofás e poltronas

Projeto de Studio Guadix. Na foto, sala de estar com tapete bege, sofá claro e cachorro deitado no chão.
Mãe do Bolota, a arquiteta Júlia Guadix conta que seu pet tem espaços especiais em sua própria casa e na dos avós. Com caminhas e tapetes confortáveis espalhados pela casa, o pequeno morador aproveita seu dia com tranquilidade | Projeto: Studio Guadix. (Guilherme Pucci/Divulgação)
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Tecidos com tramas fechadas, resistentes e impermeabilizados são providenciais para revestir sofás, cadeiras e poltronas, pois a baixa textura não desperta o instinto dos animais – principalmente dos gatos –, que por natureza gostam de arranhar como forma de demarcar território visual e olfativo.

Para os tapetes, nada de desconsiderar seu uso por conta do receio de sujar. A dica para facilitar a remoção de pelos e outros sujidades é escolher modelos produzidos com fibras sintéticas como o vinil, nylon, polipropileno, entre outras possibilidades.

Paleta de cor

Projeto de PB Arquitetura. Na foto, quarto com papel de parede e gato branco na cama.
Pintar as paredes com tintas laváveis ou optar pela aplicação de papel de parede com fácil manutenção são possibilidades que deixam a vida dos moradores mais tranquilas. Nesse dormitório executado por Priscilla e Bernardo Tressino, o branco do enxoval e do desenho da parede estão em linha com a pelagem da gatinha. (Henrique Ribeiro/Casa.com.br)

Além de trazer alegria para os donos e aos ambientes, os pets são um bons motivos para inserir cores ousadas nos espaços, tornando-se uma estratégia para disfarçar a sujeira que fica mais evidente em projetos monocromáticos. Os arquitetos Bernardo e Priscila Tressino, sócios proprietários do escritório PB Arquitetura, afirmam que é essencial combinar a cor do animal com o piso para amenizar o visual de manchas e o excesso de pelo.

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E os odores?

Projeto de Paiva e Passarini Arquitetura. Cachorro sentado em sofá.
Projeto de Paiva e Passarini Arquitetura. (Xavier Neto/Casa.com.br)

Um dos desafios dos tutores de animais em casa é driblar o desconforto com os cheiros. Segundo Júlia Guadix, os desinfetantes enzimáticos são recomendados para a higiene de espaços com cães, pois a composição quebra os compostos da urina. Também não há como se descuidar com a organização, que interfere diretamente na higiene dos locais. “Quanto mais roupinhas, caminhas e brinquedos espalhados pelo imóvel, a tendência é que esses odores se alastrem”, afirma.

Projeto de Paiva e Passarini Arquitetura. Na foto, cachorro sentado em Poltrona Mole.
Sofás e poltronas são móveis queridinhos para o descanso de cachorros e gatos. Nos projetos realizados pelas arquitetas Vanessa Paiva e Claudia Passarini, até peças de design assinado, como a Poltrona Mole, de Sergio Rodrigues, é um espaço perfeito e seguro – tanto para os pets, como seus donos. (Xavier Neto/Casa.com.br)

Para evitar a impregnação no estofados, ela indica a utilização de capas nos móveis que cães e gatos adquiriram o hábito de estar, evitando o contato direto com o revestimento original.

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