Cores e referências do Oriente
A linha de porcelana, da designer Patricia Urquiola, e a instalação do holandês Marcel Wander, surpreenderam as editoras de Casa Claudia, em Milão
Difícil apontar uma tendência forte ou eleger a cor do ano. Em geral, Milão está bastante sóbria. Muito bege, cinza e preto. Mesmo a Moroso, que costuma ter um estande muito alegre, este ano apresenta uma ambientação mais escura, cênica, teatral. O vermelho, preto e cinza dos painéis suspensos de policarbonato nos envolvem numa atmosfera oriental. As referências à China, ao Japão e à Índia aparecem também nos móveis: por exemplo, o sofá do designer Edward Van Vliet faz um patchwork de tecidos com estampas florais e mandalas bordadas.
Uma das grandes estrelas da Moroso, a designer espanhola Patricia Urquiola, também criou uma linha de porcelanas para a tradicional marca Rosenthal. A experiência de desenvolver esta linha levou quatro anos. Tive que mergulhar no processo de produção da empresa, diz. As peças foram lançadas de maneira nada convencional: as porcelanas prontas foram exibidas ao lado de moldes e protótipos que mostravam o processo de experimentação da designer até chegar ao produto final.
Brincamos de casinha na instalação que o designer holandês Marcel Wander bolou para a Poliform: uma casa completa com elementos desproporcionais e lúdicos, que causavam grande impacto.
No espaço montado pela marca francesa de champanhe Veuve Clicquot, descobrimos o lançamento do designer egípcio Karim Rashid: a Globalight, uma mistura de porta-garrafa e luminária, na qual a luz não aquece a bebida.