Antes e depois: mesa ganha tinta azul e revestimento de chita
A mesa perdeu o tampo e ficou encostada por anos, até que conquistou uma repaginação, com direito a tinta azul e revestimento de chita
Dona de um diferente formato sinuoso, a mesa de madeira tinha sido resgatada, em 2006, do porão de uma casa alugada em Campos do Jordão, SP. Mas, depois que o tampo de vidro quebrou, os inquilinos o deixaram mais uma vez encostado. Ao se mudarem, porém, acabaram ganhando a mesinha da proprietária. A terceira vida da peça veio pelas mãos dos designers Vinicius Yagui e Patricia Melo, do Estúdio Remobília, de São Paulo. A dupla propôs pintar a estrutura e criar outro tipo de tampo, de um material mais resistente e com efeito charmoso: MDF revestido de chita. “Os móveis antigos costumam ter melhor qualidade que os vendidos atualmente, então vale a pena reformá-los”, opina Patricia.
Eis a receita da transformação:
– Antes de iniciar, tome algumas precauções: por causa do pó e da pintura, procure usar óculos e máscara de proteção. Prefira trabalhar em um lugar arejado e sem vento, como uma garagem.
– Comece passando uma lixa grossa (nº 60) com o auxílio de um taco de borracha (acessório apropriado para lixar), seguindo o sentido dos veios da madeira. nas áreas planas, vale lançar mão de uma lixadeira orbital elétrica. Depois, esfregue uma folha fina (nº 150) para tornar a superfície mais lisa. Retire o pó com um pano seco e, na sequência, com uma flanela úmida. Sem imperfeições, esta peça não demandou massa para madeira.
– Chacoalhe o aerossol para misturar a tinta. Atenção para esse movimento, que deve ser circular, com a lata em pé, e não para cima e para baixo. ”Após dez minutos, vire o recipiente com o bico para baixo e pressione para liberar um pouco da pressão, até a pigmentação começar a sair”, orienta Vinicius. Pinte toda a mesa, primeiro com ela de ponta-cabeça, usando spray branco. Aguarde dez minutos e cubra o restante do móvel. Repita o processo após a curta pausa e dê uma hora. Faça o mesmo com o azul, porém com mais cautela. Para um melhor acabamento, passe quatro demãos. “Graças à base branca, a cor final fica bem próxima da referência da lata”, ele explica. Deixe secar por 24 horas.
– Estique o tecido, mantendo 10 cm de sobra de cada lado. Com um rolinho de espuma, passe cola branca no MDF. Fixe a placa no tecido – vire a peça e corrija as eventuais rugas com a mão. Volte para o verso da chapa, picote as laterais do pano a cada 8 cm (sem chegar nas bordas) e grude pedaço por pedaço, puxando de leve para evitar rugas. Passe cola por cima dessa parte e aguarde secar por 30 minutos.
– Finalize com um spray impermeabilizante na face revestida.
Quanto custou? R$ 131
– Tampo de MDF: cortado sob medida, conta com 89 cm de largura. Marcenaria Stylus, R$ 20.
– Materiais básicos: lixas, taco de borracha, rolo de espuma (de 9 cm) e cola branca. Tintas Machado, R$ 27,20.
– Tinta Spray: dois tubos de Azul Safira e um de branco fosco, da Suvinil. Tintas Machado, R$ 15,74 cada (400 ml).
– Tecido de chita: foi utilizado 1 m da ref. JU-1748-01 (1,40 m de largura). Arte Têxtil, R$ 6,85.
– Impermeabilizante de tecidos: Spray Scotchgard (353 ml), da 3M. Miromi Tintas, R$ 29,90.
Preços pesquisados entre 17 e 22 de fevereiro de 2013, sujeitos a alteração.
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