Varanda de apartamento tem até jardim vertical
Em Goiânia, a engenheira Michela Okada e o professor universitário Rogerio de Queiroz Chaves desenharam os móveis e montaram sua sala e seu terraço
Durante os três anos de construção de nosso edifício, meu marido e eu planejamos exatamente como queríamos os ambientes. O programa Google SketchUp foi uma mão na roda, porque nos permitiu esboçar a planta e até as peças de marcenaria. Ainda conseguimos que a construtora modificasse o que nos incomodava no imóvel, como a cozinha, que não era aberta para a sala. Após nossa mudança, em 2010, fomos montando a casa aos poucos, enchendo os espaços de fotos e lembranças de viagens. Hoje aproveitamos muito a área social para ouvir música e reunir amigos. E contamos com uma varanda gostosa, repleta de flores e ervas. Aliás, não conseguimos mais viver sem nosso jardim!”
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– Os dentes na parede principal, causados pelas colunas estruturais, incomodavam. Como não se pode eliminá-las, os moradores tiraram partido do vão de 2,50 m posicionando ali o sofá e duas prateleiras com 15 cm de profundidade. Estofado: Da Bell’arte, o Roussel (2,50 x 1,13 x 0,95 m*) é de suede, na cor fendi. Innovato.
– Esse trecho acabou se destacando, pois exibe objetos de valor simbólico. “O trenzinho era um brinquedo de infância do Rogerio, e a imagem ao lado do vaso de ráfia foi feita pelo meu irmão e retrata a vista que tínhamos da casa da minha mãe em Guarulhos [SP]”. Gravuras e fotos do tempo em que o casal viveu na Inglaterra completam o arranjo. Mesa de centro: George Nelson (1,10 x 0,70 x 0,35 m), de ipê, com tampo ripado. Mambo Design.
Varanda cheia de verde leva frescor ao estar
– Para montar o jardim vertical, o casal mandou cortar tábuas de ipê, que rogerio parafusou em uma das laterais do terraço. A aplicação de uma demão de stain ao ano protege a madeira. – Michela não gosta de temperos prontos. Por isso plantou mudas de cebolinha, manjericão e hortelã, entre outras ervas. Alguns vasos foram suspensos com arame, e outros, apoiados em uma prateleira.
– Há ainda rosa-do-deserto, jabuticabeira e pata-de-elefante, que tornam a área externa mais bonita para quem a observa da sala.
– Para sustentar a coleção de suculentas, a moradora pintou uma escadinha e cobriu a face superior de azulejos antigos. Outras lajotas semelhantes, estampadas de flores, serviram para montar o quadro pendurado logo acima da composição.
– Na fase de construção, com passe livre para alterar a planta, os proprietários pediram que parte da divisória entre a cozinha e a sala fosse quebrada. Cada extremidade da abertura, emoldurada pela pintura roxa (Pinot Noir, da Suvinil), embute uma estante de MDF. “Foi a alternativa para organizar os CDs do meu marido”, justifica Michela.
– Para ter a possibilidade de isolar a área de fogão e pia sempre que necessário, o casal encomendou dois painéis que, sustentados pelo trilho fixado no alto da parede, fazem as vezes de portas de correr. Quando abertos por completo, ocultam as estantes e liberam a entrada da cozinha.
– As sacadas de marcenaria não terminam aí. Na porção oposta ao estar, um dos cantos ganhou nichos de medidas variadas, rack e painel com prateleiras. Nesse local ficam o aparelho de som, livros e coleções, como a de garrafas. Quem olha para cima descobre a tela retrátil de 106” (Art Vision), abaixada na hora de ver filmes e shows. O discreto projetor (LG) ocupa um espacinho entre os quadros acima do sofá. Graças a um conversor set-top box, o sinal digital da TV é transmitido no telão.
– Para arrematar o ambiente, há uma mesa de jantar, que, ao ser aberta, acomoda até seis convivas, condição ideal para receber os amigos. Na rotina, porém, o móvel serve apenas de apoio para os notebooks.
*largura x profundidade x altura.