Como acertar na escolha e instalação do aquecedor de água

Escolha certa do aquecedor garante conforto dos moradores, principalmente durante o inverno

Por Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
14 jul 2025, 19h00
Como acertar na escolha e instalação do aquecedor de água. Escolha certa do aquecedor garante conforto dos moradores, principalmente durante o inverno
 (Guilherme Pucci/Divulgação)
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Quem está prestes a entrar em um apartamento novo — ou cansado de lidar com banhos insuficientemente quentes no inverno — precisa saber como escolher um bom aquecedor de água.

De acordo com o arquiteto Bruno Moraes, à frente do BMA Studio, antes da marca e do preço, é preciso observar alguns pontos para saber qual será a melhor escolha, como os tipos de aquecedores disponíveis no mercado — disponibilidade de energia, forma de aquecimento —  e a vazão necessária para o projeto — número de pontos somado ao tipo de aquecedor escolhido. 

Como acertar na escolha e instalação do aquecedor de água. Escolha certa do aquecedor garante conforto dos moradores, principalmente durante o inverno
(Freepik/Freepik)

Tipos de aquecedores de água

O mercado dispõe de diversos tipos de aquecedores, cada um com características específicas, e a decisão da tipologia depende, conforme Bruno, do tipo de imóvel, da disponibilidade de energia — gás ou solar —, o consumo estimado e o orçamento disponível.

Em apartamentos, o modelo a gás, seja natural ou GLP, é comumente empregado em duas versões: de passagem, mais compacto e com aquecimento instantâneo ou o de acumulação, com boiler. Já o solar emprega placas que captam a energia do sol e a armazena em um boiler térmico. “O sistema é sustentável e econômico a longo prazo, mas requer maior investimento inicial e espaço para a instalação das placas, sendo mais comum em casas térreas ou sobrados”, orienta Bruno. Ele também esclarece que, em projetos de arquitetura erguidos do zero, é possível avaliar a viabilidade de outros sistemas.

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Vazão

A vazão, medida em litros por minuto (l/min), é o primeiro dado técnico a ser averiguado. De forma simples, o arquiteto explica que essa medida determinará quantos pontos de água quente podem funcionar ao mesmo tempo, mas o cálculo ainda varia de acordo com o tipo.

Em sistemas de passagem ou gás, a conta é direta: soma-se a vazão dos pontos que serão usados ao mesmo tempo. Por outro lado, em sistemas de acumulação, como a solar, bomba de calor ou boiler a gás, a matemática considera o número de banhos por dia e o tempo entre usos. “Nesses casos, é fundamental prever a capacidade de armazenamento e o tempo necessário para reaquecimento da água”, delibera.

O arquiteto exemplifica sobre a conta a ser realizada: considerando que uma ducha apresenta a vazão de 13 litros e o morador tenha a intenção de ter o funcionamento simultâneo para dois banhos, o aquecedor deve ter uma capacidade mínima de 26 litros por minuto.

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Além dos chuveiros, é preciso incluir os outros pontos de consumo como a torneira da cozinha e dos banheiros. “Vale ressaltar que, quanto maior a vazão, mais robusta deve ser a estrutura do aquecedor, incluindo dutos de exaustão e alimentação de gás compatível”, orienta. 

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Cuidados com a instalação

Bruno diz que tudo depende da infraestrutura presente no local e relata que em apartamentos novos a construtora entrega os conduítes e grelhas de ventilação prontos, o que, de certa forma, limita a liberdade de escolha do morador. “E sempre se concentram na área de serviço tanto pela ventilação, importante para o caso de possíveis vazamentos, e para que fique em uma posição mais discreta”, observa.

Todavia, ele ressalta que a contratação de mão de obra qualificada, com orientações do fabricante ou de um profissional autorizado, é essencial para a segurança e garantia. Além disso, o espaço deve ser permanentemente ventilado, com grelhas fixas voltadas para o lado externo da edificação.

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“Essa circulação de ar precisa ser muito bem planejada e não pode ter falhas, pois envolve riscos à saúde”, adverte.

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(Guilherme Pucci/Divulgação)

Troca e manutenção

A durabilidade dos aquecedores varia de acordo com o modelo e a manutenção, mas em geral os aparelhos a gás podem durar mais de 15 anos. Ainda assim, a troca pode se tornar necessária caso o número de pontos de uso aumente ou se houver sinais de falhas frequentes, demora para aquecer a água ou ruídos anormais.

Para evitar surpresas desagradáveis, recomenda-se a manutenção periódica, pelo menos uma vez por ano, com uma assistência técnica autorizada. Segundo Bruno, o check-up deve incluir a limpeza interna, verificação das conexões e a checagem dos sensores e do duto de exaustão. 

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Bônus: dica de arquitetura

Mesmo em apartamentos com instalação determinada, é possível melhorar o visual por meio do projeto de marcenaria. Nos seus projetos, o arquiteto gosta de propor ao cliente a possibilidade de ocultar o aquecedor em um armário fechado por um painel vazado que protege o equipamento sem interferir na eficiência. “A marcenaria vazada ajuda a manter o visual limpo e elegante da área de serviço” finaliza Bruno Moraes.

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(Guilherme Pucci/Divulgação)
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