Calçada larga, acessível, iluminada, drenante e cheia de verde
O raio X de um passeio acessível na Casa Cor São Paulo, que drena água da chuva, resolve questões de infraestrutura urbana e funciona como ponto de convivência


Hoje, as calçadas constituem território de importante discussão sobre a vida nas metrópoles. “A visão focada no automóvel as renegou. Agora, estamos voltando a olhar para as pessoas, como atesta o novo Plano Diretor Estratégico [PDE] do Município de São Paulo, incentivador de ciclovias e praças”, diz Benedito Abbud, o autor, em parceria com o arquiteto Felipe Abbud, do caminho de entrada da Casa Cor São Paulo. O projeto reúne, ao longo de 1,2 mil m2 (6 x 200 m), uma série de soluções enquadradas no conceito da Calçada Viva, defendido pelo escritório.
“A principal intenção é transformar a área num ponto de convivência: quanto mais gente na rua, mais segura ela se torna”. Mas não só isso. A presença da vegetação desempenha papel comprovado contra a escassez hídrica ao minimizar as ilhas de calor, aumentar a umidade do ar e reter a água no solo. Para tanto, a equipe desenvolveu o Sistema Urbano de Drenagem Sustentável (Suds). O nome comprido esconde uma ideia simples – a de embutir no piso caixas que funcionam como bolsões para o excesso de chuva, evitando enchentes e hidratando a terra. “A Casa Cor sempre teve o compromisso de representar o espírito de sua época. Essa entrada simboliza a atual necessidade de resgatar a gentileza urbana. Trata-se de um manifesto de amor à cidade”, define Lívia Pedreira, diretora-superintendente da Unidade Arquitetura e Design da Editora Abril e presidente da mostra.








Outros fornecedores: Alloy (Iluminação); Biomix (Substratos e fertilizantes); Helbor (Construção); e Rewood Madeira Plástica (decks).