Aromatizador de design traz experiência holística e personalizada
FUEGUIA 1833, empresa argentina pioneira de fragrâncias, lançou o primeiro conjunto de fragrâncias caseiras para serem usadas em conjunto
Fundada em 2010, a FUEGUIA 1833 é uma marca artesanal meticulosamente criada do início ao fim por Julian Bedel — da pesquisa de ingredientes botânicos naturais à formulação, fabricação e criação de embalagens feitas à mão. Desde a fundação, a marca usou apenas alguns ingredientes naturais, muitas vezes pela primeira vez na perfumaria. Todas as formulações contêm ingredientes 100% biodegradáveis, cultivados ou adquiridos pessoalmente por bedel, e são livres de conservantes, corantes e compostos sintéticos.
Parte de uma família de artistas plásticos, Bedel contou ao designboom que sempre trabalhou de forma artesanal, assim como os irmãos, criando peças como guitarras, por exemplo. Por sugestão do pai, leu um artigo do prêmio Nobel de medicina de 2004, no qual era explicado como cheiramos. No texto, os autores Linda B. Buck e Richard Axel estudaram o bulbo olfatório, que ajudou Julian a entender como nos relacionamos com nosso ambiente – plantas, animais, alimentos, outros humanos.
A partir de então, Bedel decidiu que queria trabalhar com aquilo. “Não há nenhum sentido que ative tantas partes do cérebro e, consequentemente, crie tantas reações quanto o cheiro”, explicou ao portal. “Quando você é impactado por um ingrediente, você começa a produzir hormônios.
Pode te excitar ou relaxar e, ao mesmo tempo, te dará uma mudança na percepção do tempo. Também ativa a memória, deixando uma impressão digital em seu histórico.”
Crescer em contato com a área agrícola da Argentina, por conta das propriedades da família, permitiu a Julian desenvolver o conceito que torna a perfumaria única. Todo o processo relacionado à produção se diferenciam das outras, pelos ingredientes, as extrações, a maceração, a formulação e o conceito.
“Nunca pensei em perfume. Eu estava pensando mais em substituir pigmentos por ingredientes.” Contou Julian. “E isso significava que eu tinha que trabalhar com novos ingredientes, conhecê-los e começar a experimentá-los.” Ele também teve ajuda do artista e químico, Victor Grippo, amigo de seu pai, para manipular os compostos aromáticos.
Como artista, Bedel enxerga os aromas como uma obra de arte, tanto quanto uma tela ou escultura. Por isso, criou uma instalação em que o intuito era que os visitantes sentissem o cheiro das coisas. Com uma cenografia completa, ele incorporou os perfumes, mas sem indicar que eles eram parte da exibição.
“O objetivo era alcançar essas transformações que acontecem nas pessoas quando sentem o cheiro.” Explicou o fundador da perfumaria. “A performance foi há dez anos e começamos com 15 perfumes. De alguma forma aquela gênese inicial da performance, da instalação, ainda está viva hoje, mesmo que o comercial passe a ter uma figura mais predominante do que a artística.”
Ainda sobre o processo de criação, Julian Bedel explica que, por não usar antioxidantes nem conservantes, o produto não tem prazo de validade. No entanto, a matéria-prima está sujeita a mudanças, evoluções, e por isso não é raro haver mudanças entres as linhas. Ele compartilhou, também, que já aconteceu de um cliente comprar um produto com um intervalo de dois anos, gostar do primeiro, mas não gostar do segundo.
A FUEGUIA 1833 não se apoia apenas no senso artístico de Julian, tendo colaborações de peso, como a Hauser & Wirth, galeria de arte contemporânea e moderna suíça, e a Rolls Royce, marca de carros.
Com as pessoas em todo o mundo tendo que passar mais tempo em casa, a nova coleção da FUEGUIA 1833 concentra-se em tornar os ambientes domésticos o mais agradável possível. O difusor, a vela e o spray desinfetante devem ser usados em harmonia uns com os outros, criando uma experiência olfativa equilibrada em todos os espaços e permitindo aromas distintos, mas simultâneos, em toda a casa.
O frasco de perfume pessoal assume a forma de um difusor de palheta em miniatura e reduz a esfera de influência do perfume para criar um espaço aromático pessoal. Enquanto os juncos são feitos de porcelana branca – exalando uma liberação moderada de perfume – o suporte de bronze é feito de sobras industriais reaproveitadas, gravadas com um padrão de madeira na fábrica da FUEGUIA 1833 em Milão.
Uma estrela islâmica de 12 pontas é cortada no pescoço para guiar os juncos e aumentar o design. O difusor está disponível em cada um dos 100 aromas sob medida do FUEGUIA 1833 e uma garrafa de refil pode ser adquirida independentemente, com sua caixa de nogueira também servindo como um recipiente.
A vela de cera de abelha FUEGUIA 1833 é feita de cera de abelha sustentável de alta qualidade proveniente da região de Piemonte, na Itália. Um recipiente de vidro biofotônico protege o perfume da oxidação e elimina a necessidade de aditivos. Ele pode ganhar vida como um futuro frasco para remédios e ervas sensíveis à luz. As velas são feitas à mão em lotes limitados e vêm em aromas sazonais.
O spray desinfetante para pele e tecido da marca já estava em desenvolvimento quando a pandemia começou. FUEGUIA 1833 criou sua própria fórmula bioativa para proteger contra infecções ao adotar CIO2 – um composto seguro conhecido por sua eficácia na desativação de SARS-coronavírus, antraz, gripe, hepatite B – combinado com 45 plantas medicinais com efeito biocida comprovado, 70% orgânico etanol e um surfactante (sabão), que quebra a bicamada lipídica do vírus.
O spray para pele e tecido é oferecido em toda a biblioteca de aromas da marca em um frasco biofotônico e tem a função dupla de perfumar a pele e os tecidos, incluindo roupas de cama, estofados, roupas, máscaras e muito mais.
*Veja a entrevista na íntegra no designboom.