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Para corrigir imperfeições, GESSO

Versátil, rápido e barato, ele dá forma a nichos, disfarça uma viga com elegância, abraça discretamente uma coluna e ainda cria efeitos surpreendentes de luz. Arquitetos e decoradores mostram cinco maneiras inteligentes de usar o material

Por Reportagem Visual: Aldi Flosi Fotos: Salvador Cordaro Texto: Cláudia Nogueira Ilustrações: Carlos Campoy
Atualizado em 20 dez 2016, 22h58 - Publicado em 26 ago 2009, 19h10

Vigas escondidas Integrado à sala, o quarto do apartamento tornou-se um aconchegante espaço de leitura. O rebaixo de gesso entrou em cena para disfarçar duas vigas de 45 cm que ficaram à mostra quando as paredes vieram abaixo. O objetivo da arquiteta Carla Pontes foi criar um volume suave no teto, no formato de uma moldura, para demarcar o espaço. “Outra opção era rebaixar o gesso no limite da viga, mas aí o pé-direito ficaria com apenas 2,20 m”, diz a profissional. Onde encontrar: cadeira da Benedixt, tapete da Clatt, objetos da Esther Giobbi. A foto grande é assinada por Ana Nitzan (Dconcept).

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Solução para a cozinha O rebaixo de gesso acartonado resolveu dois problemas nesta cozinha: ocultou o duto da coifa e embutiu a iluminação. Repare que dois rasgos nas laterais do forro abrigam as luminárias (duas dicróicas e uma fluorescente com difusor de acrílico). “Rente à parede, usei uma junta metálica para trazer a sensação de que o forro está solto”, explica a decoradora Denise Abdalla, sócia da arquiteta Christiane Sacco. Onde encontrar: armários da Kitchens, objetos da Spicy e da Zona D. Assessoria de iluminação de Marcia Domingos.

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Desenho no teto O segundo pavimento deste dúplex é marcado pelo rasgo em formato de U, que toma todo o forro do ambiente. Internamente, a fenda recebeu tinta no tom de concreto (Suvinil, ref. E163), aplicado também na parede da escada. “A intenção do desenho e da cor foi criar um foco de interesse no teto”, explica a arquiteta Cristiana Castro. A iluminação é proporcionada por halógenas AR-70, que se somam à luminária vertical da parede, cujo design esguio remete ao do recorte de gesso. Onde encontrar: arandela da Wall Lamps e luminárias AR-70 do Armazém da Luz.

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Nichos iluminados A arquiteta Fernanda Dabbur tirou partido de um dente na alvenaria – que esconde a coluna hidráulica do lavabo – para criar uma parede de gesso acartonado com dois nichos. “Além de corrigir o problema de uma maneira bem barata, os nichos resolveram a decoração”, opina a profissional. Minidicróicas embutidas destacam os objetos e conferem uma atmosfera sofisticada ao ambiente, reforçada pelo insinuante tom vermelho (Coral, ref. 9665). Onde encontrar: objetos da Zona D, toalhas da Loeb.

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Vantagens e desvantagens do gesso Pelas inúmeras possibilidades de uso, o material é um aliado da arquitetura de interiores, principalmente no rebaixo do forro e na distribuição da iluminação. Entre as vantagens, estão a rapidez na instalação e o preço. “Em dois dias, é possível levantar uma parede de gesso acartonado (drywall) de 3 x 4 m – metade do tempo de uma parede de alvenaria”, afirma Carlos de Luca, da Associação Brasileira dos Fabricantes de Chapas para Drywall. A praticidade desta placa justifica-se pela sua composição: folhas de papelão recheadas de gesso, fixadas em perfis de aço galvanizado. É vendida em chapas grandes, com 1,20 m de largura e comprimento de 1,80 a 3,60 m – o que agiliza o trabalho, inclusive em comparação ao gesso comum, comercializado em placas de 60 x 60 cm. Na capital paulista, o drywall instalado custa em média 35 reais o m2, e o gesso comum, 25 reais. A maior desvantagem do material é a sujeira na instalação. Sofás e cortinas saem castigados com o pó. Outro problema é a relativa fragilidade. Quem tem criança em casa deve redobrar a atenção com quinas de gesso, mais sujeitas a danos do que a madeira ou a alvenaria.

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