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Deque modular: charme e praticidade

Confira as melhores dicas de instalação e manutenção, além de uma reunião caprichada de modelos

Por Reportagem visual Iracy Paulina / Texto Iracy Paulina e Carine Savietto (colaboração)
Atualizado em 1 dez 2022, 09h40 - Publicado em 3 abr 2014, 23h18

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Valorizar jardins, varandas e outros espaços de lazer é jogo rápido com este revestimento, vendido em placas, que pode ser sobreposto a quase todo tipo de piso. Além de as peças serem gostosas de pisar e evocarem um clima aconchegante, a montagem não leva tempo nem requer mão de obra profissional. “Colocando na ponta do lápis, esse detalhe é fundamental para baratear o custo final”, ressalta a arquiteta Pricilla de Barros, do escritório paulistano DP Barros. Neste guia caprichado, facilitamos sua busca pelo modelo ideal com uma seleção de produtos a partir de R$ 11,63. Para completar, consultamos especialistas para tirar dúvidas sobre instalação e manutenção.

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Saiba mais: Do que são feitos os deques modulares?

A instalação simplificada é o primeiro benefício

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– Como o nome sugere, os deques modulares são vendidos em placas de diversas medidas – a exemplo de 30 x 30 cm, 40 x 40 cm, 0,50 x 1 m e 1 x 1 m –, e sua colocação pode ser feita tranquilamente sem nenhuma ajuda profissional. Para alguns modelos, basta inserir uma placa ao lado da outra, e o serviço estará pronto! Outros, equipados com um sistema de encaixe nas laterais, devem ser presos entre si. Em ambos os casos, há apenas duas exigências sobre o piso que receberá os deques: que seja bem nivelado, pois as peças não têm como se firmarem em uma superfície inclinada, e que permita o escoamento da água. Além dos deques modulares, há também os lineares, vendidos em ripas. Esses, porém, pedem mão de obra especializada, pois são fixados como um tablado.

Segredinhos de montagem

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– As placas dos deques modulares ficam soltas sobre o piso, portanto, quanto mais lisa for a superfície, maior a necessidade de que o conjunto esteja travado nas laterais, apoiado em uma parede ou outro elemento firme a fim de que não deslize. Dependendo do modelo, aparafusá-los ou chumbá-los diretamente ao contrapiso também é uma opção.

–  Quanto à paginação, há duas escolhas: utilizar as peças com os sarrafos apontando sempre para o mesmo sentido, o que dá a impressão de continuidade, ou alternar réguas posicionadas na vertical e na horizontal – deste modo, o efeito visual lembra um tabuleiro de xadrez.

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– Se a ideia for cobrir todo o piso de um ambiente, como uma varandinha, por exemplo, é provável que os módulos não deem conta da tarefa tão facilmente, já que eles não são feitos sob medida. Nesse caso, uma saída charmosa é completar os espaços vazios com pedrisco, cascalho ou brita. “As pedras devem ser colocadas somente em volta das placas, e não embaixo delas”, explica Marilua Feitoza, da Madeplast. Outra solução é serrar algumas placas, tomando o cuidado de aplicar stain ou verniz para proteger o trecho que sofreu o corte. Por fim, existem empresas que oferecem peças na medida que o cliente desejar. No entanto, o preço costuma ser bem mais salgado.

Usos alternativos também podem fazer bonito.

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– Em jardins, deques avulsos funcionam muito bem como um caminho de pisadas. Só atente às recomendações do fabricante, pois nem todos os modelos são adequados para apoiar sobre a grama. Para não ter erro, saiba que os redondos são sempre boas pedidas nessa situação.

– Para deixar o banho mais reconfortante, tudo o que você precisa é dispor de uma ou duas placas sobre o chão do boxe.

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– Caso ganhem rodízios, as placas se transformam em práticas sapateiras para serem guardadas sob a cama. Basta apoiar os calçados sobre as ripas, dentro ou fora de caixas.

E quem disse que as placas só caem bem no piso?

Fixados na parede, os deques costumam render belos suportes para jardins verticais, painéis de TV ou cabeceiras. Apesar de trabalhosa, a instalação também pode ser feita sem ajuda profissional. Utilizando uma furadeira com broca para madeira, inicie fazendo um furo bem no centro de cada placa pelo lado avesso – como os deques são leves, um ponto de fixação se faz suficiente. Posicione cada uma das peças exatamente onde pretende fixá-las e marque os contornos com fita-crepe. Depois, calcule o centro de cada quadrado e risque com lápis os locais que receberão as buchas. Em seguida, perfure o concreto utilizando novamente a furadeira, porém, dessa vez, com broca de vídea. Depois de encaixar as buchas, basta partir para a fixação dos módulos atravessando a madeira com os parafusos. O tamanho destes é determinado pela dimensão das placas escolhidas. Modelos convencionais geralmente pedem parafusos de aproximadamente 5 cm de comprimento.

Proteção fundamental

– Madeira exposta ao sol, à chuva e ao vento pede cuidados para se manter sempre vistosa. Há deques que já saem com tratamento protetor de fábrica, porém, na maioria dos casos, a responsabilidade passa a ser do consumidor. O processo é simples, exigindo apenas a aplicação de verniz ou stain nas placas. Antes de escolher o mais indicado, precisa-se entender como age cada um dos produtos. Na dúvida, não hesite em pedir orientação específica ao fabricante. Verniz x Stain

– Opção mais conhecida, o primeiro forma uma película sobre a superfície para preservá-la da umidade – o altíssimo poder hidrorrepelente, por sinal, é seu principal benefício. Efeito fungicida e filtro solar não estão presentes em todos os tipos, por isso vale procurar a informação na embalagem e, ainda, questionar o vendedor quanto ao risco de amarelamento. A reaplicação deve ser feita anualmente, ou quando o craquelamento da película começar a ser notado, e exige a retirada de toda a camada antiga, o que pode ser feito com lixa ou removedores específicos. Há versões com acabamento acetinado, a exemplo do Verniz Premium Marítimo Acetinado, da Suvinil (Leroy Merlin, R$ 67,50 o galão de 3,6 litros), ou brilhante, como o Verniz Premium Extra Marítimo Natural, da Sparlack (Telhanorte, R$ 52,30 o galão de 3,6 litros).

– A ação do stain é bem diversa: como o produto é impregnante e rico em óleos na composição, penetra nas fibras da madeira em vez de criar uma película sobre a superfície. Desse modo, tem como principais atrativos os fatos de não descamar e de dispensar a lixa para a reaplicação, tornando a manutenção muito mais prática. E, se apenas algumas partes do acabamento estiverem desgastadas, pode-se usar diferentes quantidades do produto, conforme a necessidade em cada área – o prazo de validade, no entanto, é similar ao do verniz. As marcas oferecem tanto as fórmulas que não alteram em nada a aparência original das ripas, como o Stain Premium Polisten Transparente, da Sayerlack (Telhanorte, R$ 59,90 o galão de 3,6 litros), quanto aquelas que também funcionam para tingir a madeira, como o Osmocolor Stain Preservativo Mogno, da Montana (Big Cores Tintas, R$ 127,70 o galão de 3,6 litros). Vale ressaltar que os produtos que levam o rótulo de “preservativos”, como este, têm ação fungicida comprovada por ensaios técnicos regulados pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Quanto à proteção solar, há fórmulas com níveis variados de eficiência.

– Eis uma regrinha que vale para vernizes e stains: a aplicação deve ser feita com a madeira bem seca em dias ensolarados e sem ameaça de chuva.

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– Se optar pelo uso dos deques de madeira dentro do boxe, a reaplicação do produto protetor deverá ser realizada com maior regularidade, pois os itens de higiene usados durante o banho possuem componentes abrasivos. Preservando a madeira ecológica Esse material fica bem protegido com verniz anti-UV, a exemplo do Verniz Filtro Solar Incolor, da Suvinil (Telhanorte, tinta esmalte incolor, como a Coralit Tradicional Transparente, da Coral (TaQi , R$ 40,40 o galão de 3,6 litros).

Limpeza para toda hora

–  No dia a dia, limpe os pisos apenas com vassoura, um pano úmido (somente com água ou um pouco de sabão neutro) e outro seco. Em faxinas mais caprichadas, é permitido lançar mão de produtos de limpeza específicos para madeira, diluídos em água, que prometem hidratar e proteger a superfície.

–  Em caso de manchas, removedores à base de água podem eliminar cera, tinta e gordura sem estragar o acabamento. Se houver marcas profundas e o revestimento for envernizado, a solução pode ser retirar o verniz e reaplicá-lo. No caso de placas cobertas de stain, uma nova camada também pode ajudar.

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– E anote a lista dos vilões, que devem ficar o mais longe possível da madeira: álcool, cera, tíner, água sanitária e abrasivos.

Preços pesquisados em 14 de janeiro de 2014, sujeitos a alteração. 

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