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18 tipos de vidro para usar em caixilhos ou como revestimento

Usados como revestimento ou para garantir conforto termoacústico, os vidros estão cada vez mais presentes nos lares brasileiros. Aqui 18 tipos inovadores.

Por Reportagem Danilo Costa (texto) e Edson G. Medeiros (visual) |Design Renata Rise | Fotos Eduardo Pozella
Atualizado em 15 dez 2016, 11h25 - Publicado em 13 jul 2012, 20h29

Na reportagem 14 ambientes onde o vidro é o destaque, arquitetos cadastrados na rede CasaPRO, da Editora Abril, mostram escadas, bancadas, divisórias e outros detalhes da casa em que usaram o material. Agora, você conhece novas opções da indústria com vidros de diversas espessuras, cores e texturas.

Preços aproximados pesquisados em junho de 2012 não incluem instalação.

Como o vidro entrou nas casas brasileiras

 

Uma pesquisa divulgada em maio pela Associação Brasileira de Distribuidores e Processadores de Vidros Planos (Abravidro) animou o setor. Segundo os dados, o consumo de vidros planos subiu de 4,92 kg per capita em 2006 para 8,73 kg em 2011 – cerca de 75% destinaram- se a residências. “Também cresceram as opções de compra, o número de fabricantes [duas marcas acabaram de aportar no país] e de benefciadores. Todos os produtos de ponta encontram-se disponíveis no Brasil”, revela Alexandre Pestana, presidente da entidade. “Consumidores e arquitetos começam a enxergar o vidro não só como fechamento como também um recurso de proteção térmica, acústica e de decoração”, fala a engenheira Danila Ferrari, da Fanavid, de São Paulo. Enquanto as chapas pintadas ou serigrafadas passaram a revestir paredes e móveis com maior frequência devido à sua infnidade de tons e  acabamentos, os modelos especiais, como os insulados e os com controle solar, ganharam até normas técnicas. “Há um tipo ideal para cada situação e a escolha deve estar aliada ao projeto. A especifcação precisa ser feita por profssionais do ramo com o auxílio dos fornecedores”, recomenda a engenheira Luciana Oliveira, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT).

Tecnologia e qualidade máximas

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Antes de conhecer os benefícios dos vidros de controle solar, vale entender sua composição. “Eles contêm um revestimento metalizado que reduz a entrada de calor”, explica Silvio Bueno de Carvalho, gerente técnico da Abravidro. Na primeira geração desse tipo, o visual espelhado acabava impedindo também a passagem de luz, questão resolvida na atual safra de vidros seletivos. “Essa opção deixa enxergar de dentro para fora”, ressalta Alexandre Pestana. “Para moradias, invista em algo menos refetivo, que permita a entrada de luz de 30 a 40%”, indica Danila, da Fanavid. O custo em relação aos comuns deve considerar a economia futura: “Com a diminuição do uso de ar-condicionado e de iluminação artifcial, rapidamente você paga o investimento”, avalia Alexandre. Tamanha é a força desses produtos que, recentemente, eles ganharam a norma técnica NBR 16 023. “Agora, os fabricantes precisam seguir a regra de homogeneidade na cor das peças”, explica Silvio. Os vidros insulados, com duas folhas separadas por uma camada de ar para oferecer conforto termoacústico, também passaram a contar com uma norma, a NBR 16 015, que abrange outros itens, como o desempenho, além dos requisitos técnicos.

Brilhos, cores e texturas de impacto

 

Diversos tipos integram a família dos vidros decorativos, adotados principalmente como revestimento de paredes e bancadas. Nos serigrafados, aplica-se um esmalte cerâmico na chapa, que em seguida passa pelo forno de têmpera. Submetidos a uma solução ácida, os acidados tornam-se opacos, enquanto os jateados recebem jatos de areia ou pós abrasivos para ganhar desenhos. Já os laminados coloridos, sanduíche de duas ou mais placas, levam no miolo uma película de PVB, EVA ou resina. “Hoje, multiplicaram-se as opções de tonalidades”, ressalta a arquiteta paulista Brunete Fraccaroli, fã do material. “É um recurso interessante para conferir a sensação de amplitude ao ambiente”, aponta a arquiteta Karina Afonso, de São Paulo. Os vidros são fáceis de limpar, basta pano úmido e sabão neutro, mas requerem instalação cautelosa. “O maior erro é recorrer à cola de sapateiro, à base de tolueno, na hora de fxálos.Esse produto cria manchas e corrói as peças”, alerta Carlos Henrique Mattar, gerente de mercado da Cebrace, de São Paulo. Prefra silicone neutro, cola à base de água ou ftas de dupla face. “Para maior aderência, vale intercalar silicone e fta”, sugere Danila, da Fanavid.

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1. Pintado a frio e acidado numa das faces, o SGG Satinovo reveste paredes e móveis. Em chapas de 3,21 x 2,25 m, com espessuras de 4, 6, 8 e 10 mm. Da Saint-Gobain Glass, custa cerca de R$ 140 o m2.

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2. Dez vezes mais resistente a riscos que os vidros comuns, o Ebony DiamondGuard 2.0, da Guardian, traz o tom negro até nas bordas. Serve para tampos, aparadores e revestimentos internos. Apresenta até 2,20 x 3,21 m e espessuras de 10, 12, 15 e 19 mm. Vale cerca de R$ 518,40 o m2.

3. Para fabricar o PKO Lighting Glass, a PKO do Brasil mescla dois vidros laminados com uma película incolor onde estão os leds, interligados por microfos. Para esquadrias, guarda-corpos e fachadas, as chapas têm transmissão luminosa de 80% e medidas de 35 x 35 cm a 1,60 x 3,60 m. Espessuras de 8 a 20 mm. À venda por R$ 2 500 o m2.

4. Antideslizante, o vidro acidado CriSamar Step, modelo Aluminum (série S), vai no piso e em divisórias para locais onde se quer privacidade, devido à sua textura. Da T2G, tem 3,21 x 2,25 m, de 3 a 19 mm de espessura e custa a partir de R$ 150,10 o m2.

5. O acetinado e acidado Decorfou Design Pisis Mirror Extra Clear, da Omnidecor Brasil, refete luz e cor. Para divisórias e revestimentos internos, mede 3,21 x 2 m e 3,21 x 2,25 m. Espessuras de 4, 5 e 6 mm. Na L’ Vitrier, R$ 1 000 o m2 colocado.

6. O vermelho é uma das 25 cores do Lacobel Red Luminous, da AGC Vidros. Pintado, ele pode cobrir paredes internas ou ser usado como divisória. Mede 2,25 x 3,21 m e 4 mm de espessura. Vale em média R$ 220 o m2.

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7. Controle solar e isolamento térmico de baixa refexão são os destaques do Sunergy Azur, fabricado em cinco cores pela AGC Vidros. Pode estar em coberturas, fachadas e esquadrias. As placas medem 2,25 x 3,21 m e 4 mm de espessura. O m2 custa em média R$ 200.

8. Com baixo teor de ferro e esmalte branco especial, o UltraClear oferece transparência total e fdelidade de cor. Para fachadas e revestimentos, as placas estão disponíveis em 2,20 x 3,21 m ou 1,90 x 3,21 m e espessuras de 4 a 12 mm. Da Guardian, vale R$ 337 o m2.

9. Vidro laminado de controle solar com seis cores prontas e mais de 600 personalizadas. Para fachadas, coberturas e guardacorpos, fltra 99,6% dos raios UV. Mede de 30 x 30 cm a 3,21 x 2,54 m (espessura de 6 mm). Da Fanavid, a partir de R$ 350 o m2.

10. O vidro de controle solar refetivo Refecta Float, da Cebrace, reduz em 60% a entrada de calor. Para coberturas, sacadas e fachadas, tem 2,20 x 3,21 m e 2,40 x 3,21 m, com espessuras de 3,15 a 6 mm. Na Divinal, de R$ 164,06 a R$ 196,06 o m2 (vidro comum monolítico).

11. Verde e incolor são os tons da Eco Lite, linha de controle solar da Cebrace. Com baixa refexão (8%), serve para fachadas, portas, janelas, coberturas e sacadas. Chapas de 2 x 3,21 m e 2,54 x 3,21 m. Na Divinal, de R$ 230,68 a R$ 314,22 o m2 (laminado com espessura de 4 + 4 mm).

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12. O vidro antirrefexo Amiran, da Schott, tem só 1% de refexão e é bem-vindo em fechamento de sacadas e esquadrias. Tem 3,80 x 1,77 m ou 3,21 x 1,77 m e espessuras de 4 a 12 mm. A partir de R$ 950 o m2.

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13. Para ganhar o padrão quadriculado, o Scacchi, da linha Cristallo, passa por um processo de pintura à base de água. Suas chapas de 10 x 10 cm a 1,30 x 3 m e espessura de 4 mm servem de revestimento e compõem móveis. Na Cinex, cerca de R$ 800 o m2.

14. Acetinado e acidado, o Decorfou Cannes Mirror Bronze, da Omnidecor Brasil, é recomendado para áreas internas, como revestimentos e divisórias. Em chapas de 3,21 x 2 m e 3,21 x 2,25 m, com 4, 5 e 6 mm de espessura, custa R$ 1 000 o m2 aplicado na L’ Vitrier.

15. Com proteção contra o desbotamento causado pelo sol, este laminado fltra 99,6% dos raios UV. Em até dez cores, compõe coberturas, fachadas, divisórias, guarda-corpos e pisos.Tem de 30 x 30 cm a 2,40 x 3,60 m e espessura de 6 mm. Da Fanavid, a partir de R$ 280 o m2.

16. Para esquadrias, boxes, divisórias e mesas, o vidro incolor Quadratto da UBV – União Brasileira de Vidros mede 1,70 x 2,20 m, 2,20 x 1,90 m e 2,20 x 3,21 m. As espessuras são 3, 7 e 8 mm. Preço médio de R$ 400 a R$ 550 o m2.

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17. Vermelho, o laminado com espelho da Fanavid fltra 99,6% dos raios solares e serve para divisórias e móveis. Chapas de 30 x 30 cm até 3,21 x 2,20 m com espessura de 9 mm.Custa a partir de R$ 573 o m2.

18. Entre dois vidros laminados, pode-se incluir madeira, metal ou tecido (foto). Na produção, o forno de baixa têmpera da Vipel não danifca os materiais. Para revestimentos, divisórias e tampos, a chapa de até 1,50 x 3 m custa a partir de R$ 1 040 o m2 na Primo Vidros (laminado comum de 6 + 6 mm, sem tecido).

 

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