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11 dúvidas sobre pastilhas

Grandes ou pequenas, feitas de cerâmica, vidro ou materiais naturais, elas nunca saem de moda. Também oferecem transparência e efeitos inusitados - como bolhas e metalizados

Por Da redação
Atualizado em 15 dez 2016, 10h37 - Publicado em 1 dez 2006, 14h25
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1. As pastilhas saíram de moda?

Arquitetos e decoradores são unânimes: as pastilhas estão acima dos modismos. Principalmente aquelas de vidro, que nunca desbotam, possibilitam uma gama sem fim de efeitos cromáticos e, ainda, costumam durar mais de 50 anos. Seu sucesso também encontra explicação na história milenar dos mosaicos. Ruas calçadas com seixos já existiam na Grécia antiga. Depois, os romanos forraram suas termas, templos, lojas e casas com mosaicos de mármore e pedras semipreciosas. Até que a técnica atingiu um patamar de excelência no Império Bizantino. São famosas as imagens religiosas dessa época, que até hoje enfeitam Ravena, na Itália. Algumas já continham peças de vidro e ouro! No Brasil, as pastilhas marcam presença desde 1930. Com sua escala mínima, acompanharam as ondulações da arquitetura modernista, revestindo fachadas, pisos, colunas e compondo belos murais.

 

2. Qual a diferença entre a pastilha de vidro e de cerâmica?

As pastilhas de vidro apresentam brilho e exibem profundidade quando expostas à luz. Já, as de cerâmica apresentam cor homogênea e são um pouco menos escorregadias que as primeiras. Os dois tipos de materiais possuem vida longa, mas o segredo da durabilidade está no rejunte. “Como é possível ver o fundo das pastilhas de vidro, se o rejunte tiver falhas poderá aparecer mofo”, explica o arquiteto paulista Marcos Penteado. Segundo os fabricantes, recomenda-se aplicar resina somente no rejunte. Quem optar pelo uso das pastilhas de vidro prepare o bolso: elas são bem mais caras que as de cerâmica. “Dependendo da marca e do modelo, costumam custar cerca de 2 ou 3 vezes mais”, diz o arquiteto paulista Ricardo Miúra.

 

3. O que devo levar em conta na hora da escolha?

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Tudo depende de onde o material será usado. Quando se trata de aplicar pastilhas de vidro nas paredes, até os tipos superlisos são adequados. Porém com os pisos é preciso atenção. Nas áreas molhadas, o revestimento deve ser antiderrapante. Para piscinas, a pastilha de vidro é conveniente porque não absorve água. Não existe o risco de o material se expandir e causar infiltrações. Há no mercado peças com cantos boleados (geralmente aplicadas em piscinas), que afastam o perigo de machucados. Mas não há problema em optar pelas placas de cantos retos desde que a colocação seja primorosa, sem saliências.

 

4. A instalação exige assentadores especializados?

Sim. “Prefira a mão-de-obra indicada por fabricantes ou revendedores. Em geral, o serviço custa 40% do valor do produto”, diz a arquiteta Paula Negreiros Abbud. A instalação é o pulo-do-gato para ter um bom resultado. Todas as pastilhas vêm coladas em papel, formando placas (de diferentes medidas), que facilitam a aplicação. Mas o grande segredo mora na junção das placas, que, quando malfeita, fica aparente. No caso das pastilhas de vidro artesanais, de textura e espessura irregulares, a instalação deve ser nota dez para que as peças não fiquem salientes nem venham ferir quem esbarrar nelas.

 

5. Existe argamassa específica para o assentamento?

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Sim. As argamassas utilizadas para assentar e rejuntar pastilhas são mais colantes e aderentes. Nas prateleiras, você vai encontrar, entre outras, a argamassa Pam Flexível (Propam Argamassas); a argamassa Superliga Pastilhas (PortoKoll); a cimentcola Ferma Pastilhas e a cimentcola Ferma Pastilhas de Vidro (ambas da Quartzolit).

 

6. Como deve ser feita a limpeza das pastilhas?

Os fabricantes recomendam uma solução de ácido muriático diluído em água na proporção de 1:1, que não mancha nem tira o brilho do material e conserva o rejunte limpo. O procedimento requer máscara e luvas, pois a mistura é agressiva. Evite saponáceos, escovas e buchas porque provocam riscos.

 

7. Em que situações pode-se usar pastilha de coco?

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Ela pode revestir paredes e pisos internos, bancadas e até móveis. Processada, a casca da fruta vira pequenos ladrilhos, que são montados em placas flexíveis como as similares de outras matérias-primas. A aplicação é simples, com cola branca e ferramentas de marcenaria, e a limpeza pede apenas pano úmido.

 

8. As pastilhas metalizadas podem ser usadas sem restrição?

Não há restrição de especificação, uma vez que nem o brilho nem a coloração do metalizado se esvaem com o sol ou limpezas cotidianas. Mas, como elas apresentam um visual extravagante – que pode cansar os moradores depois de algum tempo – é melhor dosar sua utilização. Deixe esse acabamento para os detalhes, misture-os a peças comuns ou forre apenas áreas pequenas.

 

9. É possível pintar as pastilhas?

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Pastilhas cerâmicas ou de vidro podem ser pintadas por meio de dois processos. O primeiro é aplicar sobre a superfície um fundo fosfatizante anticorrosivo automotivo, como o Glasurit, da Basf, e por cima qualquer tinta de acabamento: látex, PVA, acrílica ou esmalte. A segunda alternativa é aplicar fundo preparador, massa e esmalte da linha epóxi, normalmente usada para cobrir azulejos. As marcas Suvinil e Tintas Coral trabalham com esses produtos. Como são tintas com cheiro forte e agressivas à pele, recomenda-se que o serviço seja executado por pintores especializados, equipados de máscaras e luvas.

 

10. Qual deve ser o tamanho das pecinhas para que o ambiente pareça maior?

Pastilhas menores parecem ampliar os ambientes pequenos. Por isso, os modelos de 2,0 x 2,0 cm e 2,5 x 2,5 cm são recomendados para paredes de medidas restritas e faixas estreitas. As pastilhas de 1,0 x 1,0 cm destinam-se a mosaicos. Piscinas, paredes e pisos amplos pedem formatos maiores. Isso não é uma regra, mas, como explica o arquiteto paulista Roberto Del Nero Filho, especialista em mosaicos, ajuda na escolha. Se você quiser dicas mais precisas para seu caso, faça uma sabatina com os revendedores – muitos deles têm arquitetos de plantão.

 

11. Posso usar peças de qualquer tamanho no piso?

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Não. As peças grandes, de 10 x 10 cm, por exemplo, são menos indicadas para o chão. A área de rejunte fica menor e a superfície, mais deslizante. Vale lembrar que elas ainda dão menos mobilidade na hora de brincar com xadrezes, gregas, cores e caminhos, casos em que os tamanhos entre 2 x 2 cm e 6 x 6 cm são campeões. Para mosaicos, as peças de 1 x 1 cm oferecem precisão – já ensinava a tradição bizantina de compor painéis artísticos com cacos minúsculos.

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