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Vila Formosa: pedacinho do interior

Colada no sucesso do Jardim Anália Franco, a região vê surgir torres de apartamentos em meio ao casario antigo e mais de 70 praças

Por Da redação
Atualizado em 21 dez 2016, 01h01 - Publicado em 20 nov 2006, 19h17
Um título para uma foto sem titulo

É comum encontrar várias gerações de uma mesma família vivendo em casas vizinhas. Isso porque a qualidade de vida custa pouco por essas paradas. Concentrado nas avenidas Dr. Eduardo Cotching e João XXIII, o comércio local e os serviços suprem as necessidades básicas. Na divisa com o bem-sucedido Jardim Anália Franco, do lado oposto ao cemitério de Vila Formosa, o maior de São Paulo, os investidores apostam em empreendimentos de alto padrão. Entre os dois bairros, estão os 265 mil m2 de área verde do Ceret – Centro Educativo, Recreativo e Esportivo. Os alagamentos, provocados por problemas nas galerias pluviais, foram contidos e tornaram-se raros. O transporte público é farto nas avenidas. As linhas de ônibus levam às estações de metrô Carrão, Tatuapé e Belém, e ao centro. Porém, quando o assunto é saúde, a história muda. Não há hospital público na região. O atendimento é feito por três unidades de saúde (UBS).

Positivos

Tranqüilidade e áreas verdes

Facilidade de acesso ao metrô

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Negativos

Ausência de hospital público

Poucas opções culturais

“Nas poesias expresso meu amor pelo bairro”

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Quando garoto, ele caçava coelho e tatu na região, que era coberta por uma vasta vegetação. Depois de 58 anos, José Alves de Lima, conhecido como Zé Canjica, comenta as mudanças de Vila Formosa: “O espírito dos moradores continua fraterno. Nossa vida ficou mais fácil com a chegada de ruas asfaltadas, transportes públicos e de bons centros de compras.” Aposentado, o ex-comerciante passa o tempo livre na biblioteca, onde escreve e expõe suas poesias. “Escrevi o hino do bairro”, conta orgulhosamente o poeta.

“Aqui minha família é feliz”

Nos dias ensolarados, Cláudia Ferreira de Santana passeia na praça com os filhos Fernando e Marina. Morando com a mãe, Ruth, que vive há 50 anos em Vila Formosa, Cláudia diz que a casa dos seus sonhos será construída na vizinhança. “Eu e meu marido queremos continuar aqui. Ele vai de metrô para o trabalho, sem passar pelo estresse do trânsito”, diz. Apesar de as linhas da zona leste serem cheias, vale a pena deixar o carro na garagem. “A minha única preocupação é com as escolas. As renomadas estão na zona sul. No futuro será inevitável ir para lá diariamente”, conta.

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