Sobrado é reformulado para a vinda do bebê
Surpresa da gravidez muda a direção da reforma do sobrado em São Paulo.
Por
Reportagem: Ana Weiss (texto) e Edson Medeiros (visual)
access_time
19 jan 2017, 15h29 - Publicado em 18 dez 2011, 20h38
“Eu e meu marido, João, crescemos no interior. Quando viemos para São Paulo, em 2000, nos instalamos num apartamento, mas nunca tiramos do horizonte o sonho de encontrar uma casa. Isso deu certo uma década depois, com a compra deste antigo sobrado de vila. Embora a localização fosse interessante, o lugar precisava de muitas mudanças: queríamos mais um cômodo para um escritório e reformar a edícula, que estava caindo aos pedaços. Em junho, os arquitetos Hilmar Diniz Paiva Filho e Marisa do Valle concluíram a planta e começamos a obra. Ela se pautou pela conjugação dos nossos desejos com as soluções propostas pelos profissionais. Saíamos nos fins de semana para pesquisar ideias de acabamento e as trazíamos a eles, que as viabilizavam quando possível. Em novembro do ano passado, descobri que estava grávida. Como não havíamos planejado aumentar a família, nos vimos de repente com necessidades completamente novas e tivemos de repensar todo o projeto. O que seria o nosso quarto virou o do bebê, e dividimos o dormitório de hóspedes em mezanino e closet, pois sabíamos que a necessidade de armários iria aumentar com a chegada do João, nosso filho. Foi uma decisão acertada, porque de fato isso aconteceu.”
Fabiana Manzano, engenheira química de São Paulo
-
1.
zoom_out_map
1/6 (Carlos Piratininga)
Embora estreita (3 m de largura), a casa geminada tem 10 m de comprimento. “Abrimos todas as paredes que pudemos, como a passagem entre sala e cozinha”, diz o arquiteto.
-
2.
zoom_out_map
2/6 (Carlos Piratininga)
Fabiana com seu bebê, João.
-
3.
zoom_out_map
3/6 (Carlos Piratininga)
-
4.
zoom_out_map
4/6 (Carlos Piratininga)
Mais espaço para o convívio: a construção original tinha uma edícula, sobre a qual os moradores pretendiam montar o escritório. Com a notícia da chegada do bebê, eles optaram por abrir mão do ambiente. “A estrutura estava condenada. Então a demolimos, refizemos a fundação e apenas erguemos uma nova lavanderia. No pátio à frente dela, instalamos a churrasqueira e criamos outra área social”, conta Hilmar. O piso de cimento queimado (NS Brazil) incorpora o mosaico de ladrilhos hidráulicos desenhado pelo casal.
-
5.
zoom_out_map
5/6 (Carlos Piratininga)
Passagem interna: a localização do quarto do casal fez nascer a ideia da passarela de cumaru, que liga a varanda do dormitório à horta, organizada no andar de cima da lavanderia. “Um canto para plantar era um dos nossos sonhos”, conta Fabiana, que todo dia leva o filho para tomar sol ali.
-
6.
zoom_out_map
6/6 (Carlos Piratininga)
Teto inclinado: o banheiro teve todas as peças trocadas de lugar e foi o único cômodo que perdeu um pouco de altura. Com a reforma do telhado, as vigas de madeira de garapeira bruta (Qualimad) foram deixadas à vista e o interior passou a respeitar sua inclinação, mais baixa neste lugar da casa.