Carioca que é carioca não consegue passar muito tempo longe da praia. E não foi diferente para Andrea Chicharo. Depois de nove anos se dividindo entre Rio e Lisboa, a arquiteta agora tem uma casa nova em Portugal, na região de Cascais.
Um apartamento antigo, situado em um prédio da década de 1960, foi o foco da reforma.
“Quase todos os projetos que fiz em Cascais foram em prédios novos, construídos nos últimos anos. Mas eu prefiro construções mais antigas. E este é um dos edifícios mais altos do quarteirão. Então, além de não ser nada devassado, ele tem uma vista incrível para o mar de todos os ambientes do apartamento”, comemora Andrea.
A reforma foi completa. Apesar de amplo — 300 m² —, o apartamento originalmente tinha apenas um quarto, pois a proprietária anterior morava sozinha. Para atender às necessidades da família de Andrea, foi necessário criar duas novas suítes. Isso implicou em mudanças significativas no layout do imóvel.
O primeiro andar conta agora com três suítes, lavabo, uma sala de jantar com mesa de três metros para receber convidados, um pequeno ambiente de convivência com lareira, cozinha e uma pequena área de serviço, que foi criada pela arquiteta, já que a presença de área de serviço não é comum em apartamentos portugueses.
Já o segundo pavimento foi transformado em uma grande área social com estar, sala de TV, espaço para jantar, outro lavabo e uma copinha para atender também a área externa, onde é possível receber os amigos até para um churrasco bem brasileiro.
“Ficou um espaço bem integrado e confortável que permite tanto aproveitar o terraço quanto a área interna”, conta.
A decoração é contemporânea, com predominância de design italiano, mas também inclui peças inglesas e chinesas, um painel de azulejos portugueses e o mix de materiais que Andrea adora: metal, madeira, couro e palha. Muitos dos móveis foram trazidos do antigo apartamento de Lisboa, mas, como o espaço no novo imóvel é maior, foi necessário adicionar peças novas.
“Gosto dessa mistura e acho importante também ter sempre peças locais. É o que traz identidade e personalidade aos ambientes”, comenta a arquiteta.
A paleta de cores é bem variada. Embora a base seja neutra, com piso em carvalho (no primeiro andar), cimento (no segundo), e revestimentos em laca branca, mármore e madeira, as cores aparecem em todos os ambientes. Algumas partes recebem tons mais fortes, como o vermelho do estar e o grafite da sala de TV; outras, tons mais suaves, como o cinza claro dos quartos.
Objetos pessoais, cerâmicas portuguesas das décadas de 1960 e 1970 e obras de arte dos brasileiros Frida Baranek e José Bechara, alem do português José Pedro Croft, completam a ambientação.
“Em Lisboa, estávamos numa área muito turística. Cascais é mais calma. E traz um estilo de vida diferente: dá para praticar mais esportes, ir à praia a pé. E tudo a apenas 20 minutos de Lisboa. Mais rápido que ir da Zona Sul à Barra”, brinca.
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