Reforma de chalé: jeito alpino e natureza agora em mais harmonia
Na década de 80, um filho de alemães construiu esta casa ao sopé da Pedra da Gávea. Reformada, preserva o jeito de chalé, mas melhora sua relação com paisagem tropical
Por Por Simone Raitzik | Projeto Denise Bonfim | Fotos André Nazareth
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19 Jan 2017, 13h37 - Publicado em 2 Sep 2014, 23h05
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A cobertura recebeu novas telhas de cobre (N. Didini), colocadas sobre lã de rocha, o que incrementou o conforto térmico do chalé.
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A moradora, Renata, desce a escadaria de concreto e madeira de demolição, que dá acesso à entrada principal.
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Parte da varanda foi fechada com esquadrias de madeira envidraçadas (Carpintaria sob Medida), o que formou uma espécie de jardim de inverno com lareira.
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O mezanino, que aproveita o pé-direito de 7 m, já existia. Hoje, é a sala de estudo das filhas do casal.
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As tábuas corridas de peroba-mica são remanescentes da construção original. Aqui, a novidade está nas paredes, cobertas de cedrinho. As seis claraboias (32 x 60 cm) tiveram o vidro substituído por um modelo
temperado de 10 mm.
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A cozinha ganhou bancada de Corian (DuPont) e armários planejados (Kitchens).
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Abriram-se mais janelas e portas para o jardim. No piso, mosaico de vidro (Vidrotil, ref. silver, 730) assentado com argamassa cinza-chumbo.
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Trocou-se o velho lambri da fachada, parcialmente apodrecido, por réguas de cedrinho e perobinha. O verniz
fosco (Sparlack) reforça o tom de mel das madeiras.
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O anexo junto à piscina foi equipado com churrasqueira e forno de pizza. Na parede, textura da terracor (ref. velvet, 180). Bancada de cimento queimado (Ekko Revestimentos).
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Na área externa, alvo da última reforma, o novo deck de cumaru dispensou acabamento. Foi nessa etapa
que a fachada se renovou. “seguimos o método construtivo original: sanduíche de madeira, com isolamento
térmico no miolo”, explica a engenheira Dayse Stewart, responsável pelas obras recentes.
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Só madeira. Ao longo dos anos, a estrutura da casa pouco mudou – a arquiteta respeitou a vocação de cabana, forrada de lambri por dentro e por fora. Não há alvenaria nem massa. A planta enfatiza o bloco social e sua relação com o jardim. Área: 585 m²; Construção: Stewart Engenharia
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O grafite de toz enfeita a entrada do vestiário junto à piscina.
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Para este banheiro externo, um aparador rústico foi convertido em bancada. Piso e boxe exibem mosaico de vidro (Vidrotil, ref. diva, 250).
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Na suíte do casal, a parede solta de 2,10 m de altura separa o quarto do banheiro.
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Mais uma vez, madeira e mosaico de vidro (Vidrotil, ref. agata, 3270) se alternam. No lado esquerdo da foto, veem-se os compartimentos do vaso e do boxe.
A estilista Renata Simon relembra com gosto as reviravoltas que cercam sua ligação com este chalé, construído no ano de 1986 em meio à Floresta da Tijuca. Na época, seu sogro, de ascendência alemã, encantou-se com o visual da região (famosa por dar acesso à rampa de voo livre da Pedra Bonita) e resolveu fazer ali uma casa simples, toda forrada de madeira e recortada de aberturas de vidro. O sonho de viver na mata durou quase dez anos, quando o empresário vendeu o imóvel e imigrou para os Estados Unidos. Thomas, marido de Renata, permaneceu no Rio de Janeiro à frente dos negócios da família. Mesmo morando em outro lugar, ele nunca se esqueceu da deliciosa sensação de acordar e dormir naquele recanto. Por isso, procurou os novos donos e fez uma proposta para adquirir de volta a antiga casa de seu pai.
Deu certo. Há 18 anos, ele e Renata se mudaram para lá, onde criaram as duas filhas, agora com 13 e 16 anos. “O terreno de 2 mil m² é praticamente um sítio urbano. A água vem da nascente!”, diz ela, que, durante todo esse tempo, empreendeu três reformas, todas deixadas a cargo da arquiteta carioca Denise Bonfim (1962- 2014). A primeira remodelou a ala íntima – deu origem a um closet e tornou os banheiros mais atuais e confortáveis. Depois, o casal quis modernizar a cozinha e incorporar um trecho da varanda ao estar. A última mexida, há três anos, concentrou-se na área externa e na recauchutagem da fachada, cujo revestimento de madeira havia apodrecido na base.
“Apesar de tudo isso, a essência da construção nunca se perdeu. No fundo, é um chalezinho de montanha”, comenta Renata. A interferência mais recente, no ano passado, foi presente de Thomas para ela: um grafite numa parede externa, perto da piscina. Como as coleções feitas pela estilista, a casa nunca sai de moda.