Reforma de 75 dias trouxe feminilidade ao sobrado
A proprietária se separou, deixou o apartamento amplo para trás e tocou essa reforma para que ela e a filha tivessem um novo espaço
Sinal dos tempos, a casa nova da diretora de fotografia Cláudia Pompeu Lopes é território de mulheres. A construção compacta de quatro pavimentos abriga a paulistana e sua filha pré-adolescente, Julia. Se aqui e ali despontam indícios evidentes de feminilidade – como o alegre tecido floral na cabeceira e nos estofados – ,prevalecem soluções e acabamentos que se distinguem pela praticidade, questões de gênero à parte. Remanescentes do engenhoso projeto original ou incorporados na reforma de 2012, que mexeu no interior da moradia, essas boas ideias desenham um pano de fundo neutro e funcional para a vida contemporânea das moças como se tivessem sempre pertencido ao lugar. Ledo engano. Várias delas surgiram da sintonia entre a proprietária e a arquiteta Consuelo Jorge, autora da intervenção recente: em apenas três horas de reunião, elas definiram as mudanças a fazer. Ciente de que as alterações precisavam caber num cronograma apertado, Consuelo propôs redistribuir alguns espaços, investir em marcenaria e caprichar na cozinha, já que mãe e filha curtem preparar comidinhas gostosas diariamente. “Vendi meu apartamento e comprei este sobrado em seguida. Tinha pouco mais de dois meses para me mudar”, conta Cláudia. Ela deu conta da empreitada com uma equipe de cinco trabalhadores vindos de Minas Gerais, dispostos a atuar com força total. Abriu conta num depósito próximo, onde conseguiam miudezas e materiais urgentes, monitorou fornecedores pelo telefone e visitava o local duas vezes ao dia. Com tanto empenho, a pequena família conseguiu se instalar a tempo, devidamente escoltada por uma presença masculina: o cão da raça papillon, batizado (em referência ao designer francês) de Philippe Starck.