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Reaproveitamento de móveis dá tom moderno para apartamento capixaba

Conciliando estética, funcionalidade, conforto e custo, as arquitetas Ana Paula e Tatiana, do CasaPRO, assinam este apartamento clean no Espírito Santo

Por Alex Alcantara
Atualizado em 16 fev 2024, 15h34 - Publicado em 3 set 2014, 20h39
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As designers Ana Paula e Tatiana, do escritório Simmetria Design de Interiores, produziram um projeto, na cidade de Vila Velha, que prezava por funcionalidade e barateamento dos custos de materiais. Como o objetivo era um apartamento clean, foram usadas tendências do minimalismo, no qual se prioriza o branco e os tons neutros, mesclando o uso de cores mais fortes em alguns pontos ou detalhes. Além disso, as condições naturais do local também influenciaram na escolha de materiais: Vila Velha é uma cidade com poucos períodos de chuva ou frio e, com a proximidade do mar, é inevitável o excesso de ventos e maresia. “Há muitas praias na Grande Vitória. As vistas para o mar interferem no desenvolvimento dos projetos, sem dúvida. Temos também o vento, o calor e a maresia, já citados anteriormente. Outro fator que atinge a nossa região é o excesso de poeira causado pelo pó de minério lançado na atmosfera pelas empresas do setor. Por decorrência, cresce a procura por fechamentos de varanda”, relatam as designers. A busca pela economia na reforma do lar veio através de reutilização e aproveitamento de antigos móveis já pertencentes às proprietárias do imóvel. “A economia feita na reutilização de móveis proporcionou um investimento maior em alguns materiais usados em ambientes distintos. Outra economia foi aproveitar as chapas de MDF usadas na cozinha para a criar os painéis de TV dos dois quartos do apartamento. No escritório, ao invés do papel de parede, optamos por corino, de fácil aplicação, também para redução de custos”, conta Ana Paula. Como boas capixabas, as designers nos revelam o que não pode faltar na casa de um morador do Espírito Santo: “O que, com certeza não falta, é uma panela de barro. O gosto pela culinária e o prazer em receber os amigos vêm despertando no capixaba um interesse crescente em incluir a varanda gourmet nos projetos”. Confira abaixo, na íntegra a entrevista com as capixabas de Arquitetos do Brasil.

 

1. Quais são suas inspirações? Em quem você se baseia para realizar os seus projetos?

 

Não nos prendemos muito a estilos porque cada cliente tem um perfil e/ou algo que não abre mão. Por isso, levamos em conta a crescente falta de tempo na rotina do capixaba e visamos praticidade, funcionalidade e bem-estar que contribuem para melhorar a qualidade de vida. Mesmo assim, é inevitável que o profissional acabe deixando sua marca. Apesar de não ser nossa intenção, acreditamos que nossa tendência é trabalhar, nas oportunidades que nos são dadas, com cores claras e neutras, bem como com linhas retas em busca de equilíbrio e simetria.

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2. Qual é o fator local (referente à sua região) que interfere, ou seja, icônico na arquitetura/cultura da sua localidade?

 

Há muitas praias na Grande Vitória. As vistas para o mar interferem no desenvolvimento dos projetos, sem dúvida. Temos também o vento, o calor e a maresia. Outro fator que atinge a nossa região é o excesso de poeira causado pelo pó de minério lançado na atmosfera pelas empresas do setor. Por decorrência desse fato, cresce a procura por fechamentos de varanda. Um fator arquitetônico que influencia muito é o Convento da Penha, em Vila Velha. É um dos santuários eligiosos mais antigos do Brasil e está situado no alto de um penhasco, podendo ser visto de inúmeros pontos da cidade e também da capital, Vitória. Por isso, se há vista para o Convento, muito provavelmente, ela será valorizada.

3. O que não pode faltar na casa de um Capixaba?

 

Na casa de um bom capixaba, com certeza, não falta uma panela de barro. O gosto pela culinária e o prazer em receber os amigos vem despertando no capixaba um interesse crescente em incluir a varanda gourmet nos projetos.

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4. Como vocês costumam se atualizar? Através de revistas, cursos, viagens etc.? E quais são?

 

Atualmente, a internet promove fácil acesso às informações, e é nosso meio mais frequente de pesquisa, por ser extremamente prática. Mesmo assim, buscamos nos atualizar através de palestras, cursos e visitas a fábricas, fornecedores e mostras de design, como a Casa Cor, Morar Mais por Menos etc. As revistas também são ótimas fontes de inspiração: Arquitetura & Construção e Casa Claudia são grandes exemplos.

5. O que compensa, ou não, em questão de materiais, importar?

 

Para nós, o papel de parede é o material que mais vale a pena. A qualidade é singular, proporcionando um excelente custo-benefício.

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6. O que frustra e te estimula na sua profissão?

 

O frustrante é que na Grande Vitória ainda é uma profissão pouco valorizada tendo, segundo a ABD, uma das metragens quadradas mais baratas do Brasil para desenvolvimento de projeto e, ainda assim, a sociedade tem pouco acesso ao trabalho do designer de interiores. Em contrapartida, a satisfação do cliente é nossa maior realização. Pensar que realizamos sonhos e levamos felicidade às famílias nos estimula muito. Além disso, para cada cliente, um projeto, e para cada projeto, um novo desafio. Nossa profissão não nos permite cair na rotina. A monotonia não faz parte.

7. O que todo mundo pensa quando você diz que é designer, mas não é verdade?

 

Dizem que deve ser uma profissão divertid – e concordamos com isso! Porém, muitas pessoas insinuam que seja fácil e rápido criar um projeto, quando, na verdade, é preciso muito estudo e tempo para a realização dele.

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8. Qual foi o último livro que leu?

 

Ana Paula: O menino do pijama listrado, de John Boyne.

Tatiana: A travessia, de William P. Young.

9. Você é a favor da reserva técnica?

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Somos a favor porque é uma forma de criar vínculo com profissionais de outras áreas, conhecendo seu trabalho e sua ética, construindo lealdade e parceria, beneficiando ambas as partes, inclusive o cliente, que adquire um serviço de qualidade, com mais segurança.

 

 

Perguntas e respostas:

1. Oscar Niemeyer ou Lúcio Costa? Oscar Niemeyer.

2. Pudim de leite ou mousse de chocolate? Ana: pudim / Tati: mousse.

3. E o Vento Levou ou Dançando na Chuva? Dançando na Chuva.

4. Chico Buarque ou Elis Regina? Elis Regina.

5. Sushi ou pizza? Pizza.

6. Atari ou Playstation? Playstation.

7. Clarice Lispector ou Caio F. Abreu? Clarice Lispector.

8. Gato ou cachorro? Cachorro.

9. Android ou iOS? Android.

10. Paris ou Milão? Milão.

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Ana Paula Có e Tatiana dos Anjos se formaram em 2009 na FAESA – Faculdades Integradas Espírito-Santenses no curso de graduação de Design de Interiores. Por estarem sempre próximas enquanto estudantes, firmaram a parceria ao desenvolver o trabalho de conclusão de curso em dupla. A partir daí, decidiram trabalhar juntas, conciliando os projetos com os empregos da época. Atualmente a prioridade é dar continuidade ao escritório Simmetria Design de Interiores.

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