Paredes curvas e madeira marcam a arquitetura desta casa de 134 m²
Compacto, este sobrado foi projetado segundo os princípios do Feng Shui e, com isso, ganhou amplitude e luminosidade
Esta casa em Melbourne, na Austrália, tem uma curiosidade: ela foi projetada, segundo os princípios do Feng Shui. “Há uma correlação surpreendente entre o Feng Shui e o que chamamos de bom design: acesso à luz solar, ar e ventilação, equilíbrio da luz natural, relação igual entre dentro e fora, conforto e privacidade, equilíbrio de materiais e ambientes bem organizados”, explica o arquiteto Steffen Welsch, que assina o projeto.
Com dois andares, a casa é antiga e foi restaurada para abrigar novos moradores. Para isso, ganhou uma extensão. Assim, para marcar o que é novo e antigo no sobrado, o arquiteto desenhou uma parede de madeira curva no final do corredor, que também funciona como barreira de proteção para a rua.
Iluminação e ventilação natural eram preocupações do arquiteto, já que o imóvel está inserido em um terreno estreito. Assim, ele criou um pátio interno entre a parte nova e a antiga e desenhou várias aberturas na estrutura.
No térreo, a parede curva de madeira esconde uma despensa e conduz os visitantes na entrada da casa à cozinha gourmet, integrada ao living. “Atrás desta parede, aparece um vazio sob a escada, que reflete a luminosidade do espaço. As cores e os materiais se revelam gradualmente. É um movimento de design frequentemente usado pelo arquiteto mexicano Louis Barragán, um dos meus favoritos”, revela Steffen.
O piso de madeira do térreo continua até o teto da sala de estar e reveste também algumas paredes. A intenção do arquiteto foi criar espaços mais relaxantes, como se fossem casulos de tranquilidade. O home office é um exemplo disso. Instalado em um canto da casa, o espaço fica sob uma inclinação do telhado, onde a madeira recobre o forro e parte da parede, criando uma geometria interessante.
No banheiro, as curvas se repetem, mas, desta vez, na banheira. Para criar uma atmosfera de spa, Steffen escolheu cores claras e um boxe minimalista, que quase não interfere no visual do espaço.
Segundo o arquiteto, como em qualquer projeto de construção, esta casa visa equilibrar as necessidades dos moradores com o custo, tanto financeiro quanto ambiental. “Construir com consciência climática requer construir menos e, para isso funcionar, precisamos construir melhor com menos recursos. Acredito que isso foi alcançado, aplicando princípios de equilíbrio, planejamento meticuloso e brincando com espaço e escala”, finaliza.
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