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O primeiro passo

Há quatro anos, os arquitetos Frank Siciliano e Marcelo Todescan começaram a percorrer as trilhas da bioconstrução. Com esta casa de praia, inauguraram a caminhada

Por Redação
Atualizado em 20 dez 2016, 22h38 - Publicado em 2 nov 2006, 19h13
O bloco principal e a área de lazer esgueiram-se em meio às árvores: solu�...

Arquitetos: Frank Siciliano e Marcelo Todescan

Área: 460 m2 (casa principal) + 114 m2 (anexo)

Localização: litoral de São Paulo

Por que é ecológica: aproveita a construção existente, preserva o terreno, emprega eucalipto na estrutura (madeira renovável).

Sonho de consumo de um arquiteto interessado em bioconstrução: um cliente que não rejeite o tema. Pois a dona deste refúgio no litoral paulista, sem saber, propôs duas premissas dessa filosofia aos profissionais Frank Siciliano e Marcelo Todescan, de São Paulo. Ela queria preservar o terreno e a construção que ali existia. “Seria bem mais fácil demolir tudo. Não fazer isso já mostra a tomada de consciência”, afirma Frank. O projeto surgiu em boa hora para a dupla, assídua em cursos de arquitetura sustentável (inclusive com May East, do movimento de ecovilas, que estuda habitações com qualidade de vida e respeito à natureza). Foi a chance para pôr o aprendizado em prática.

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Apoiada em sapatas e suspensa a cerca de 80 cm do solo (altura confortável p... Muitas varandas e aberturas envidraçadas valorizam a vista para a mata. Todos os caixilhos empregam garapeira e foram executados sob medida pela Marc... Para o piso das áreas internas, como as salas e os quartos, elegeu-se o cime... Um título para uma foto sem titulo Além da ampla varanda com churrasqueira, mais três suítes localizam-se nes...

O bloco existente ditou o estilo do restante da construção: estrutura de eucalipto (madeira renovável), tijolos e caixilhos de garapeira fechados com vidro. Com pé-direito que alcança 7 m, o interior é fresco e claro – princípio básico para evitar o consumo exagerado de energia com ar-condicionado e iluminação. Embora a implantação preserve o terreno e o projeto se preocupe com o conforto ambiental, os arquitetos hoje mudariam alguns pontos em relação aos materiais e aos equipamentos. De qualquer forma, foi dado o primeiro passo.

O deck de garapeira, que também aparece nas demais varandas da casa, emoldur... Cortadas na obra, as toras de eucalipto tratados (Postes IRPA) deram origem �...

Se a obra fosse hoje… Depois de participar de vários cursos na área da bioconstrução, os arquitetos apontam o que teriam feito diferente no projeto:

Um sistema de reaproveitamento de água pluvial para rega de jardins e descargas. “Vale a pena porque a área do telhado é grande e o índice pluviométrico, alto”, diz Frank;

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Tratamento de esgoto para devolver a água limpa à rede;

Paredes de taipa: “É um ótimo material para regiões úmidas, porque respira”, explica o arquiteto;

Caixilhos de madeira de demolição ou de eucalipto.

Projeto: Frank Siciliano e Marcelo Todescan/TeS Arquitetura (colaborou João Amaro)

Construção: Luiz Malzone Engenharia

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