Ladrilhos e móveis em madeira dão toque retrô a apê de 145m²
O projeto, assinado pelo Casa Ninho Studio, apostou nos tons claros para criar ambientes confortáveis e aconchegantes
Um casal com dois filhos buscava um apartamento maior, até que encontrou este imóvel, de 145m². Como o apartamento tinha passado por uma reforma recente, a princípio, os novos proprietários queriam fazer apenas pequenas intervenções de pintura e marcenaria. Depois de algumas reuniões com a arquiteta Mariana Junqueira, do Casa Ninho Studio, eles acabaram mudando de ideia e toparam fazer modificações consideráveis.
“Os clientes buscavam um novo lar onde pudessem passar o resto da vida, com ambientes confortáveis que refletissem a personalidade da família como um todo nas áreas de convívio e o gosto de cada filho em seu respectivo quarto”, conta Mariana. “O filho, por exemplo, pediu bastante espaço para acomodar seus livros, enquanto a filha queria um quarto mais alegre. Já o casal pediu uma cama-tatame para facilitar o acesso do cachorrinho de estimação da família”, acrescenta ela.
O projeto interferiu então na sala, no quarto do filho, no quarto da filha, na suíte do casal e na cozinha, deixando de fora a varanda, a área de serviço e o banheiro social.
O cômodo que antes era aberto para a sala foi fechado com uma parede de drywall para virar o quarto do filho e, pelo lado de dentro desta nova parede, foram criados dois nichos: um para abrigar uma estante de livros e outro a cama queen, com direito à iluminação embutida no alto. A arquiteta também fechou uma parede na cozinha para separar a área de serviço (antes integrada e agora formando um ambiente único).
No décor, de estilo contemporâneo, a arquiteta lançou mão de algumas referências retrô, como ladrilhos hidráulicos, patchwork e vidros canelados, para criar um projeto único e marcante, mas sempre com a preocupação de trazer esses elementos para a atualidade. “O apartamento já tinha uma base boa. Então, nosso trabalho partiu dessa base para criar uma atmosfera ainda mais marcante e acolhedora. Uma solução foi brincar com cores, texturas e iluminação, mas sempre com a preocupação de o resultado final não pesar visualmente”, explica.
No quesito “mobiliário”, do apartamento antigo foram aproveitados apenas as banquetas do balcão que separa a sala da cozinha. Entre as peças adquiridas, como a arquiteta utilizou bastante cor e textura no projeto, foram priorizados móveis de madeira ou em tons claros para criar composições harmônicas e não brigar com o restante da decoração.
Na área social e nos quartos, o piso original em taco foi mantido e revitalizado. Já a cozinha ganhou piso novo de ladrilho hidráulico com formato sextavado, em duas padronagens de rosa que se complementam e se conectam com o acabamento dos armários, num tom de rosa antigo.
“Para não pesar visualmente, deixamos as paredes e as bancadas brancas e tiramos o máximo de partido da incidência de luz natural no espaço”, ressalta a arquiteta. A varanda já tinha uma característica bastante original que também foi mantida: o piso de pedra portuguesa que reproduz o calçadão de Copacabana, em pequena escala.
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