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Jardim São Paulo: conforto e verde

Desde a abertura da estação de metrô, em 1998, o bairro vive transformações intensas. Torres residenciais e comerciais surgem em meio a confortáveis casas a caminho da Serra da Cantareira

Por Da redação
Atualizado em 20 dez 2016, 21h17 - Publicado em 7 fev 2007, 13h44
Um título para uma foto sem titulo

Colado ao bairro de Santana, à direita da avenida Nova Cantareira, o horizonte de residências elegantes espalhadas por ruas sinuosas aos poucos se modifica. A avenida Leôncio de Magalhães, que abriga um forte comércio de aluguel de roupas para casamentos e festas, vai receber, em novembro de 2007, o Centro Empresarial Jardim São Paulo, localizado ao lado do metrô. Logo ali, na avenida Luís Dumont Villares, bares, restaurantes, danceterias e uma nova unidade do Sesc, aberta no final de 2005, moldam o novo centro de agitação noturna e cultural da zona norte. Muitas casas e sobrados distribuídas pelo bairro estão à venda. “A incidência de furtos a residências aumentou muito, e as pessoas estão preferindo trocar as casas por apartamentos”, explica Luiz Kechichian, diretor da imobiliária Mirantte, há 23 anos na região. Na rua Tibiri e na Domingos Luís, que margeia o parque de mesmo nome, surgem prédios de apartamentos com três suítes e três garagens para a classe média alta. “O crescimento da zona norte é um fato, mas é preciso mais investimentos em infra-estrutura. Temos poucas avenidas e um sistema viário ruim”, preocupa-se Carlos Fernandes, diretor do jornal SP Norte e conselheiro de política urbana da Secretaria de Planejamento Urbano da Prefeitura de São Paulo. O Jardim São Paulo faz parte do distrito de Santana. Os dois bairros são divididos pela avenida Nova Cantareira. Até início do século 20, toda a região ainda conservava um perfil basicamente rural, com muitas fazendas, chácaras e sítios. As faixas de terras alagadiças e o rio Tietê favoreciam o isolamento dessa parte da cidade, que teve desenvolvimento bastante particular em relação às outras regiões. O único transporte coletivo era o trenzinho da Cantareira. A partir de 1974, a inauguração da primeira linha de metrô, a norte-sul, favoreceu a verticalização e o desenvolvimento de comércio e serviços em Santana, e as construções do Centro de Exposição Anhembi e do Shopping Center Norte tornaram a zona norte conhecida nacionalmente. Por estar geograficamente um pouco mais acima, na mesma linha da região conhecida hoje como Alto de Santana, o Jardim São Paulo conservou um perfil mais residencial, com muitas casas amplas e confortáveis, ocupadas por famílias tradicionais de classe média. Com a extensão da linha de metrô até Tucuruvi e a abertura da estação Jardim São Paulo, em 1998, sem contar a expansão do bairro vizinho, o local agora passa por mudanças importantes.

Positivos

Fartura de transporte público

Tranqüilidade

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Proximidade de áreas verdes

Negativo

Incidência de furtos de carros e residências

Quem mora no bairro aprecia o bem-estar proporcionado pela proximidade da Serra da Cantareira. O clima é ameno e muitas famílias fazem passeios pelo Horto Florestal nos finais de semana ou têm sítios e chácaras rodeadas pelo verde. Abaixo, o Tietê delimita a fronteira com as demais regiões da cidade. Diz-se que as pessoas nascidas por essas bandas não gostam de descer para a outra margem do rio. E precisam cada vez menos. Nos últimos anos, com o crescimento da região, que têm muitos moradores de classe média alta, os jovens passaram a contar também com mais opções de serviços, cultura e lazer.

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