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Jardim Anália Franco: grande expansão

Considerado hoje o Morumbi da Zona Leste, o bairro viu surgir prédios de apartamentos de alto padrão com a construção do Shopping Jardim Anália Franco

Por Redação
Atualizado em 20 dez 2016, 21h13 - Publicado em 20 nov 2006, 03h32
Um título para uma foto sem titulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O bairro é um sucesso recente, dos anos 1990. Na época, bastou anunciar a construção do Shopping Anália Franco, obra terminada em 1999, para deflagrar uma explosão imobiliária. “Agora o crescimento é mais controlado”, analisa Sérgio Ferrador, conselheiro do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Comerciais e Residenciais de São Paulo (Secovi-SP). A região é considerada o Morumbi da zona leste, repleta de prédios de alto padrão. O projeto do shopping incluiu o alargamento de avenidas e a pavimentação de ruas de terra para evitar futuros congestionamentos. Mesmo assim, o trânsito é intenso nos horários de pico, tanto no centro do bairro como nas vias de ligação com outros pontos cardeais – as avenidas Radial Leste e Salim Farah Maluf. A expansão sem planejamento sumiu com as árvores nas vias de cirucalção pelo bairro, embora os moradores desfrutem da proximidade com o Parque do Piqueri e com o centro esportivo Ceret, as maiores áreas verdes da região.

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Positivos

Comércio variado

Opções de diversão

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Negativos

Trânsito nas vias de acesso

Fraca arborização

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Importante patrimônio de São Paulo, a área do antigo Lar Anália Franco e do Sítio do Capão está sendo recuperada. “Vamos preservar a história, a arquitetura e a identidade do bairro, além de aumentar o verde”, diz Samuel Kruchin, arquiteto responsável pelo restauro dos prédios. Por ali, o clima rural da época dos bandeirantes voltará à vida. Figura que deu nome ao bairro, a professora Anália Franco fundou a Associação Feminina Beneficente e Instructiva – Lar Anália Franco, em 1901. Em 1911, a instituição passou a ter como endereço o Sítio do Capão, uma construção de taipa do século 18, adquirida em 1829 pelo padre Antônio Feijó, regente do segundo império. Anália Franco idealizou a transformação das edificações do sítio em recolhimento para menores abandonados. A construção passou, então, por uma série de intervenções, tanto na casa sede quanto nos anexos existentes, recebendo acréscimos em alvenaria de tijolos. A partir de 1934, o internato transferiu-se para o prédio que hoje abriga a Universidade do Cruzeiro do Sul – Unicsul, datado do mesmo ano. Trata-se de um dos poucos traços ainda visíveis do passado do lugar. Morar perto do trabalhoQuando se casou com o empresário Tadeu Simões, em 1989, Viviane Negrelli trocou o Campo Belo, na Zona Sul, pelos arredores do Jardim Anália Franco. Os anos avançaram e com eles os prédios e o comércio. “Shoppings, supermercados e restaurantes hoje ficam à mão, mas o trânsito dentro do bairro piorou”, observa a mãe de Lucas, 7, e Nathan, 2. O segredo é morar perto do trabalho: da cobertura onde vive, o casal leva de quinze a vinte minutos para chegar à transportadora, no Parque Novo Mundo.

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