Dois apartamentos unidos criam casa de praia para a família em 370 m²
No projeto da arquiteta Maria Augusta Bittencourt há cinco quartos e uma ampla área social com vista para o mar de Ipanema
O casal de empresários divide a rotina entre as cidades de Rio de Janeiro e Vitória. Então, para este apartamento de 370 m² em Ipanema, o pedido para a arquiteta Maria Augusta Bittencourt foi um imóvel confortável que também pudesse funcionar como uma casa de praia para a família e os amigos durante o ano.
Originalmente, eram dois apartamentos no mesmo andar que foram unificados, o que deixou um layout bastante dividido e com vários corredores, principalmente na parte íntima. O escritório, então, precisou fazer toda a substituição da parte elétrica, hidráulica, gás e iluminação, além de também substituir as antigas esquadrias de vidro e alumínio por grandes panos de vidro acústico, que valorizam a vista.
Na nova planta, as as áreas sociais se concentram voltadas para a fachada principal e os cinco quartos ficaram na parte dos fundos – aqui, alguns deles são conjugados, tipo hotel. A integração dos espaços permitiu que toda a área comum recebesse a ventilação cruzada proporcionada pela varanda da sala de TV em cruzamento com a fachada principal. A iluminação natural também foi amplamente explorada no projeto.
No mobiliário, o grande sofá em composição com poltronas de linhas orgânicas foi escolhido para que não obstruísse a vista do mar, a mesa de jantar desempenha uma função escultórica no centro da sala, a área de TV integrada, porém resguardada, mantém a privacidade no dia-a-dia.
Um destaque na marcenaria foi o envelopamento do lavabo central, com a porta invisível, que permitiu disfarçar a existência do cômodo e ainda serviu de base para apoio do quadro da copa integrada. O mesmo artifício da porta invisível foi utilizado para acesso do corredor da área íntima, que se mantém completamente disfarçada junto aos painéis da entrada.
A paleta de cores é composta por uma base neutra, num tom off white que remete à areia da praia. O clima litorâneo também aparece no tapete azul e verde da área de estar, que repete as matizes do quadro sobre o sofá. O piso de porcelanato reproduz a textura do arenito.
O projeto de iluminação foi todo pensado de forma a destacar objetos, peças e quadros pontualmente, e também traz iluminação difusa e indireta por meio dos rasgos iluminados. Na entrada do apartamento, a iluminação artificial foi usada para disfarçar o trecho composto pelo antigo corredor que ligava os dois apartamentos.
Entre as peças assinadas, destaque para a poltrona Mole de Sérgio Rodrigues, a mesa Duomo de Jader Almeida na área do café da manhã junto a janela, as poltronas Blausse de Samuca Gerber, da Salva, na composição do estar e o tapete da Punto e Filo.
A escolha dos quadros em sua maioria da galeria UrbanArts foi feita para compor cada parede. Por fim, a mesa de jantar Springboard de Giorgio Bonaguro e as cadeiras Helga do Estudiobola compõem a mesa de jantar e a bancada da cozinha.
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