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Chalé de 124m², com parede de tijolinho, na serra fluminense

Para isolar a umidade do terreno a casa não encosta diretamente no solo. Apoia-se em vigas metálicas de 25 cm de altura

Por Reportagem Simone Raitzik (visual e texto) | Design Júlia Blumenschein | Fotos André Nazareth | Ilustrações Campoy Estúdio
Atualizado em 19 jan 2017, 15h49 - Publicado em 6 jul 2012, 17h28

A estradinha de terra batida, ladeada de árvores frondosas, sem cercas laterais ou placas de sinalização, insinua o capricho com que se planejou este condomínio, implantado no lugar de uma antiga fazenda. O clima bucólico dos terrenos, que preservam porções de mata fechada cortadas por nascentes, encantou o jovem casal carioca em busca de um lote com jeito de roça para construir sua casa de campo. “A natureza é estonteante. Diante dela, não deixamos a construção sobressair demais. Buscamos uma proporção equilibrada com o entorno”, conta o arquiteto Pedro de Hollanda, que assina o projeto com os sócios do escritório carioca Ao Cubo. Depois de remover grandes pedras existentes no platô, principal difculdade da obra, ergueu-se um dos três módulos previstos (o de hóspedes). Com duas suítes e sala integrada à cozinha, ele é conciso. “Mas oferece conforto para receber o casal”, acrescenta Pedro. Quanto às pedras, elas foram incorporadas ao jardim e, dessa forma, devolvidas à paisagem.

Portas de correr no lugar de janelas

 

Em nome da estética rústica pedida pelo casal, escolheram- se materiais como madeira e pedra. “À ideia da linguagem campestre acrescentamos elementos para dar um toque contemporâneo ao projeto. É o caso da estrutura metálica aparente e dos vãos largos, protegidos com painéis de vidro, que rasgam ambas as fachadas e transpõem a paisagem para o interior”, aponta Pedro. Assim, em praticamente todo o imóvel, em vez de janelas optou-se por generosas portas de correr tanto na ala íntima quanto na social, desenhando belos recortes de vegetação nos ambientes. “O que mais nos encanta aqui é perceber que as transparências e aberturas trouxeram a natureza para dentro. Não há barreiras. Sentados no sofá, aquecidos pelo fogo da lareira, temos a sensação de estar numa varanda arejada, com vista privilegiada das jabuticabeiras e paineiras em frente, ouvindo a cantoria dos pássaros. É um verdadeiro privilégio”, revela o proprietário.

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