Casa em Roraima aproveita elementos naturais

Arquiteto do CasaPRO utiliza recursos ambientais para fazer projeto de casa funcional. Confira o projeto de Roraima do Arquitetos do Brasil

Por Alex Alcantara
Atualizado em 20 dez 2016, 17h55 - Publicado em 16 set 2014, 23h07
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Formado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Eduardo Marques assina o projeto desta casa de 150 m² localizada na cidade de Boa Vista que preza pela funcionalidade e utilização de elementos naturais. “Em função das elevadas temperaturas de Roraima é essencial que exista uma observação muito cuidadosa quanto à implantação da edificação e suas aberturas para ventilação cruzada”, relata. A preocupação com a vista e a construção da varanda foram outros pontos levados em conta pelo arquiteto. “Os fatores que interferem nas edificações locais são dois: o primeiro é a temperatura alta que deve ser sempre combatida através da utilização de técnicas de conforto ambiental. O segundo é referente à diversidade de materiais e a capacitação de mão de obra. É importante programar algumas compras já na fase de projeto, principalmente de materiais de acabamento, tendo em vista que os produtos, muito provavelmente, virão de outros estados”. Confira abaixo a entrevista completa com o arquiteto roraimense de Arquitetos do Brasil.

 

1. Quais são suas inspirações? Em quem você se baseia para realizar seus projetos?

 

Sou bastante eclético com relação à inspiração. Busco a partir do desejo do cliente e do valor que ele dispõe para a construção. Através de muitas conversas chegamos a um denominador de estilo. Então tento adaptar a vontade do cliente com as técnicas construtivas e com conforto ambiental, tendo como objeto norteador final o orçamento.

2. Qual é o fator local (referente à sua região) que interfere, ou seja, icônico na arquitetura/cultura da sua localidade?

 

São dois principais fatores.  O primeiro é a temperatura alta que deve ser sempre combatida através da utilização de técnicas de conforto ambiental. O segundo é referente à diversidade de materiais e capacitação de mão de obra. É importante programar algumas compras já na fase de projeto, principalmente de materiais de acabamento, tendo em vista que os produtos, muito provavelmente, virão de outros estados.

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3. O que não pode faltar na casa de um roraimense?

 

Uma varanda grande e sombreada, que quase sempre é utilizada para reunir amigos. Cozinhas externas, churrasqueiras e edículas. Nas áreas internas é indispensável a utilização de ar refrigerado.

4. Como você costuma se atualizar? Através de revistas, cursos, viagens etc.? E quais são?

 

Viagens são importantíssimas ao arquiteto, principalmente com relação à conceituação de projetos e definição de partidos. Hoje, com o dinamismo do mercado é essencial que o profissional esteja sempre se atualizando através de cursos. Neste quesito, a internet é a maior aliada dos tempos modernos, pois temos uma vasta gama de cursos e instruções sem que haja necessidade de deslocamento físico. 

5. O que compensa, ou não, em questão de materiais, importar?

 

Materiais de acabamento principalmente. Luminárias em função da sua diversidade. A China está muito forte também neste quesito. Luminárias, pastilhas de piso e parede, cerâmicas e porcelanatos, vidros (em projetos que necessitem de grande quantidade) e louças e metais em geral.

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6. O que frustra e te estimula na sua profissão?

 

O que frustra é a burocracia e a demora na aprovação de projetos e obras por parte das instituições públicas e financeiras no Brasil. Isso se estende também ao urbanismo.  O que estimula é a satisfação do cliente, seja de edificação residencial ou comercial. É ver aquele projeto pensado com esmero construído, habitado, compondo a cidade e fazendo parte da vida das pessoas.

7. O que todo mundo pensa quando você diz que é arquiteto, mas não é verdade?

 

Eles pensam que sou decorador de interiores, a pessoa que vai escolher o sofá ou a cor da parede. A arquitetura é muito mais abrangente que isso. O arquiteto é o profissional responsável, entre outras coisas, pelo planejamento geral do objeto a ser construído. Devendo estar ativo desde a concepção da estrutura, instalações, orçamentos até a execução da obra. É uma profissão linda que une a técnica e a arte em igual escala.

8. Qual foi o último filme/livro que assistiu/leu?

 

Filme: INK. É um filme de ficção de produção independente voltado para o espiritismo. Livro: O monge e o executivo. Excelente livro de James Hunter. 

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9. Você é a favor da reserva técnica?

 

Absolutamente não, porque tira a neutralidade do arquiteto com relação às escolhas do cliente, além de ser conduta antiética passível de punição pelo conselho de arquitetura e urbanismo.

 

 

Perguntas e respostas:

1. Oscar Niemeyer ou Lúcio Costa? Os dois.

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2. Pudim de leite ou mousse de chocolate? Pudim.

3. E o vento levou ou Dançando na Chuva? Nenhum.

4. Chico Buarque ou Elis Regina? Os dois.

5. Sushi ou pizza? Pizza.

6. Atari ou Playstation? Os dois.

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7. Clarice Lispector ou Caio F. Abreu? Nenhum.

8. Gato ou cachorro? Os dois (inclusive tenho dois em casa).

9. Android x iOS? Os dois (cada um tem uma vantagem sobre o outro).

10. Paris ou Milão? Os dois (não tem como comparar).

 

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Eduardo Oliveira Marques é formado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atua como vice-presidente no CAU de Roraima e possui sua própria empresa no ramo de Arquitetura e Urbanismo de edificações residenciais e comerciais. Conheça mais seu trabalho:

 

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