Casa avarandada aproveita toras de madeira de 7 m de extensão

O comprimento das toras inteiriças da estrutura de madeira, 7 m, definiu a largura, as proporções e o estilo desta casa de lazer no interior paulista.

Por Reportagem: Ana Weiss (texto) e Eliana Medina (visual)
Atualizado em 19 jan 2017, 15h42 - Publicado em 7 mar 2012, 14h39
f2_aec298_66_escalada
 (/)
Continua após publicidade

O terreno é um declive que, de ponta a ponta, apresenta uma diferença de nada menos que 20 m de altura. “Essa situação resolveu muito bem a questão da privacidade”, conta a arquiteta paulistana Mariana Viégas, autora do projeto 300 m². Implantada num platô na parte mais baixa do lote, a casa avarandada – como pedem as construções no quente interior paulista – deve seu formato de vagão ao desenho da estrutura: uma imensa coluna vertebral de cumaru que aproveita as toras da madeira em sua extensão máxima, 7 m.

“A escolha da estrutura pré-fabricada de madeira veio antes do projeto. Tínhamos uma topografia difícil de resolver e ambientes onde a família desejava estar com discrição, sem deixar de apreciar a vista”, diz Mariana Viégas. “Por isso, concentramos as áreas de convivência na parte baixa e reservada do lote”, descreve. Ligado pela passarela da entrada, localizada na porção mais alta do terreno, um muro lateral de arrimo de concreto armado ajuda na sustentação da obra. Com a premissa do uso da madeira, as demais soluções de projeto – como a circulação horizontal de água e a criação de um única passagem para toda a elétrica e a hidráulica – preservam a estrutura num ambiente muito aberto e fluido, todo desenvolvido da grade desenhada pelo engenheiro Hélio Olga, da Ita Construtora. De madeira maciça, as toras definiram a largura e o comprimento da casa de campo da família de quatro pessoas. “É o sonho de uma vida”, resume o proprietário.

Publicidade