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Caixa de surpresas

Por fora, a casa parece um cubo escuro, quase invisível no meio da paisagem. E essa era mesmo a intenção do arquiteto Léo Romano, que planejou espaços internos impactantes e cheios de cor e alegria.

Por Por Liane Alves Reportagem Visual Mayra Navarro Fotos Cacá Bratke
Atualizado em 20 dez 2016, 16h45 - Publicado em 6 ago 2008, 05h48

O visitante de primeira viagem passeia pelas ruas de um condomínio ecológico de Goiânia, onde seriemas, veados e até capivaras vivem em total liberdade. De repente, em meio ao verde reinante, depara-se com uma construção hipercontemporânea de linhas retas e de cor absolutamente inesperada.

Um título para uma foto sem titulo

Em seguida, passa por uma passarela, entra na moradia e… surpresa!: está diante de uma sala luminosa e cheia de objetos coloridos de quase 100 m², com 5 m de pé-direito. Nela, a mesa de centro é a tampa de vidro de um vão, de onde podemos olhar o que se passa na sala de jantar e na cozinha, que ficam 3 m abaixo. Neste espaço amplo, dedicado a festas e muita alegria, tudo se comunica entre si. Esta é a morada do arquiteto, artista plástico e designer goiano Léo Romano. Em outros cinco ambientes, profissionais mostram como temperar a decoração com objetos, enfeites, tapetes e almofadas

Na sala clara e cheia de cores, o leão de pelúcia, comprado numa loja de br...

Misturas ousadas dão o tom

As formações acadêmicas de Léo Romano têm grande influência em seu trabalho. Primeiro, ele se formou em artes plásticas e continua ligado ao movimento de arte contemporânea. Não me imagino fazendo uma casa renascentista ou neoclássica em pleno cerrado goiano, diz. Prefere ousar e mesclar elementos, uma característica marcante dos tempos atuais, assimilada durante sua segunda formação, a de arquiteto. Aprecio as misturas irreverentes, especialmente na decoração. Um leão de pelúcia pode conviver com uma obra de arte, por que não? Mas, em sua casa, se percebe ainda uma terceira influência: suas ligações afetivas. Lá estão os presentes dos amigos e as fotos gigantes dos pais. Aprendi a amar a casa em todas as suas dimensões com minha mãe. Ela coleciona revistas de decoração desde quando eu era menino.

As proporções, em tudo, são generosas: o sofá Strip (Forma) tem 7 m, e as... Poltronas de Jorge Zalszupin (AZ Armazém de Decoração). Léo adora colecionar: de artesanato brasileiro a pingüins de geladeira, de ... Grande atração do living, a mesa de centro é na verdade uma caixa de placa...

Sem medo de experimentar

Para Léo Romano, a casa deve ser um espaço para testar novas possibilidades, o tempo todo. Uma poltrona ou mesa podem sempre mudar de lugar. Em busca de inspiração e para atualizar suas referências, o arquiteto costuma viajar muito. Mas ele adverte: A experimentação, é claro, também inclui riscos. No entanto, quando se está aberto para inovar, os acertos chegam naturalmente, afirma Léo. Podemos, sim, perder o medo de novas experiências, se abrir para conceitos mais amplos, expandir o olhar e ter uma casa mais ousada, contemporânea e irreverente. Palavra de arquiteto, palavra de decorador, palavra de artista plástico.

Ícone do design industrial, a lambreta foi achada à venda numa das ruas de ... Balizadores (Interpan) clareiam a escada como numa pista de avião. Os armár... A poltrona Red and Blue (AZ Armazém de Decoração) fica na cabeceira da mes... O quarto do arquiteto inspira alegria e bom humor com seus tons vibrantes. E ... A madeira do deque (Marcenaria Imperial) e o acabamento rústico de cimento d... O que dizer de escovar os dentes olhando para peixinhos na janela e que vêm ...

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