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Brooklin: mudanças à vista

Prédios começam a surgir na avenida Jornalista Roberto Marinho - a antiga avenida Água Espraiada - onde o verde cerca as casas e leva aos centros empresariais da Berrini

Por Da redação
Atualizado em 14 dez 2016, 10h55 - Publicado em 27 nov 2006, 14h40

A região guarda uma das poucas zonas estritamente residenciais da cidade – ao todo, elas totalizam 4% do território paulistano. Entre as avenidas Santo Amaro e Vereador José Diniz e ao longo da Avenida Morumbi está o núcleo comercial. Ruas sombreadas convidam a passeios de bicicleta, a pé ou com cachorro. Amplas casas dominam o bairro, mas a cena começou a mudar depois de 1995, com a lei de vilas. Houve uma explosão da oferta de condomínios horizontais. Agora, surgem prédios de apartamentos na avenida Jornalista Roberto Marinho e nas quadras às suas margens – onde a Operação Urbana Água Espraiada beneficia o adensamento. A Operação promete desafogar o trânsito, com a construção de pontes sobre o rio Pinheiros até 2008, e prevê ainda a ampliação de calçadas, áreas verdes, passarelas para pedestres e unidades para habitação social. No entanto, os moradores temem perder a tranqüilidade por conta de um possível aumento no fluxo de caminhões.

Positivos

Ruas tranqüilas e arborizadas

Fartura de comércio e serviços

Proximidade com importantes centros empresariais

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Negativos

Trânsito nas vias de acesso

Até que a Operação Água Espraiada esteja completa, há favelas próximas

Sem carroA professora Terezinha Lopes mora com as filhas, Simone e Débora, no pedaço comercial do Brooklin Velho, perto da rua Joaquim Nabuco. “Dá para fazer várias coisas a pé. Minha filha mais velha vai sozinha à aula de inglês, ao correio, à farmácia e ao cabeleireiro. No fim de semana, caminhamos e andamos de bicicleta nas ruas arborizadas a poucos quarteirões do nosso prédio”, conta. O Brooklin Velho conserva moradores mais tradicionais, com renda familiar de R$ 25 a R$ 30 mil mensais e idade de 40 a 60 anos, com filhos. “Quem vive no Brooklin se orgulha de suas ruas largas e tranqüilas”, observa Ubirajara Freitas, diretor de incorporações da construtora Cyrela. No final dos anos 1990 e início da década atual, surgiram muitas vilas com casas arejadas, quintal, jardim e espaçosas áreas de convivência, a preços acessíveis. Mas, com o rápido adensamento e valorização dos imóveis na região, esse tipo de condomínio perdeu um pouco do charme de antes. Oferecem um número maior de unidades e áreas de lazer e sociais menores. Com a chegada dos prédios ao longo da Água Espraiada, o perfil dos moradores também deve se renovar.

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