Blocos: a estrutura fica à vista
Pronta em um ano, esta casa de 196 m2, em São Paulo, não tirou proveito só da agilidade da alvenaria estrutural. A arquitetura reta, com grandes painéis de vidro, se beneficia da textura do concreto ao natural
O terreno estreito (6,20 x 46,60 m) não parecia uma boa compra. “Mas estava bem localizado e tinha lugar para formar um jardim”, diz o morador, Cesar Mello, que usou sua experiência no mercado imobiliário para apostar no lote. No projeto, os arquitetos Antonio Ferreira Jr. e Mario Celso Bernardes priorizaram o desenho contemporâneo e a possibilidade de construir novos cômodos. Assim, a alvenaria autoportante, sem vigas e pilares, foi a técnica construtiva eleita – afinal, a estrutura já fica preparada, até mesmo com ligação de elétrica e hidráulica, para eventuais ampliações.
Gastar só o previsto no orçamento também era uma meta de Cesar. Leitor de ARQUITETURA & CONSTRUÇÃO, ele seguiu o valor do Índice A&C, que em agosto de 2005, data de início da obra, marcava R$ 969,23 o m2 para o padrão médio (veja quanto custou cada etapa na página seguinte). Aqui, a alvenaria estrutural também foi crucial, pois a execução só começa com o projeto bem calculado, prevendo até o lugar das tomadas. “Não existe a irracionalidade de subir paredes e quebrá-las para passar os conduítes”, diz o engenheiro Newton Montini Jr., responsável pela obra. Além disso, a mão-de-obra trabalha com agilidade. “A casa fica pronta mais rápido em comparação com um sistema de alvenaria comum, que exige fôrmas de concreto, vigas e pilares”, completa.