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Arquiteta mato-grossense, do CasaPRO, projeta um apê acolhedor

Roberta Ribeiro, do CasaPRO, mescla aspectos locais com pedidos dos clientes para projetar um apartamento que sempre recebe bem as visitas

Por Alex Alcantara e Marcia Carini
Atualizado em 16 fev 2024, 15h24 - Publicado em 7 jul 2014, 19h58
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A arquiteta Roberta Ribeiro, do CasaPRO, enfrentou um desafio ao fazer este projeto em Cuiabá, no Mato Grosso: os proprietários do apartamento de 243m² queriam preservar as peças de época que já possuíam dentro de um visual contemporâneo. Sem esquecer os aspectos locais que também interferiam na elaboração do projeto. “Cuiabá é uma cidade conhecida pelos seus 40º C, o calor e a luz natural que temos em abundância determinam algumas soluções. Procuramos sempre aproveitar a luz natural que é gratuita, mas usamos alguns elementos como brises, cortinas de vidro, climatização dos ambientes e cortinas de tecidos leves com a opção de blackout para as horas e épocas mais quentes”, relata Roberta. O resultado disso tudo foi um apartamento moderno, elegante e confortável. Como nos conta a arquiteta, o casal cliente não mora mais com seus filhos e por isso, grande parte do espaço foi planejado para a recepção e lazer com os parentes. “A família é grande e, apesar de serem casados e terem seus respectivos apartamentos, todos gostam de se reunir com os pais aos finais de tarde. Com este perfil, procuramos fazer áreas que permitissem a reunião, que é o caso da sala ampla e integrada ao home e à sacada. A cozinha também é um ponto de encontro – um espaço prático e com uma circulação generosa para que todos possam participar das conversas e dos lanches rápidos”, conta a arquiteta. Confira a seguir a entrevista completa com a arquiteta mato-grossense de Arquitetos do Brasil.

1. Quais são suas inspirações? Em quem você se baseia para realizar os seus projetos?

 

Sempre fui muito observadora, acredito que aprendi isso com meus pais que sempre trabalharam com design e isso me fez ficar bastante atenta aos detalhes. Busco inspiração e ideias novas nas coisas que me cercam, seja em viagens, filmes, em um bom projeto que tenha algo a mais, ou aquele detalhe que faz toda a diferença e que me serve de inspiração. Meus projetos se baseiam nos dois: estilo e pessoa, a maneira de ser e viver da pessoa determina muitas coisas num projeto e na escolha dos detalhes.

2. Qual é o fator local (referente à sua região) que interfere, ou seja, icônico na arquitetura/cultura da sua localidade?

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Cuiabá é uma cidade conhecida pelos seus 40ºC, o calor e a luz natural que temos em abundância determinam algumas soluções e o partido arquitetônico que adotamos. Procuramos sempre aproveitar a luz natural, que é gratuita, mas usamos alguns elementos como brises, cortinas de vidro, climatização dos ambientes e cortinas em tecidos leves com a opção de blackout para as horas e épocas mais quentes. Pessoalmente, gosto de usar tons neutros em paredes e estofados e utilizo cor em objetos que podem ser trocados com o tempo, o que deixa o ambiente mais claro e aconchegante.

3.     O que não pode faltar na casa de um mato-grossense?

 

A cultura, tradições, culinária, música são bem presentes nas famílias tradicionais de Cuiabá. O cuiabano gosta de reunir toda a família e por isso não pode faltar uma mesa grande e espaço para conversas. A rede também é muito usada e é item fundamental na casa. O artesanato é de enorme importância, não só para manter viva a cultura deste povo, mas também para divulgar a própria singularidade.

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4.     Como você costuma se atualizar? Através de revistas, cursos, viagens etc.? E quais são?

 

Procuro visitar feiras, congressos de arquitetura, palestras de temas interessantes. Navego na internet, leio revistas de arquitetura e, em viagens, sempre procuro ficar um pouco mais e visitar lugares interessantes.

5.     O que compensa (ou não) importar, em questão de materiais?

 

Cuiabá tem aproximadamente 600 mil habitantes e é uma cidade em crescimento. Hoje em dia tudo está muito globalizado, as feiras trazem os lançamentos e as empresas do ramo de materiais de construção, no caso de Cuiabá, têm tido a preocupação de disponibilizar essas novidades o mais rápido para nós arquitetos. Cuiabá é uma das cidades-sede da Copa do Mundo e está no auge de construções, tanto na cidade como também em obras particulares. Agora o que sinto falta é de mão de obra qualificada. Na hora de criarmos projetos com detalhes diferenciados, por exemplo, numa fachada de uma loja ou em um detalhe de interiores, não encontramos empresas especializadas que executem a nossa ideia. Devido a isso acabamos ficando limitados e criando conforme as possibilidades das empresas locais.

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6.     O que frustra e o que te estimula em sua profissão?

 

O me que frustra é a não cobrança de projetos por parte de alguns arquitetos, o que implica na desvalorização do trabalho do arquiteto. O que me estimula é o dinamismo da arquitetura, ter um desafio a cumprir com cada cliente novo, um projeto novo, ideias novas que nos faz sempre pesquisar e aprimorar nossas habilidades de criar. E é claro que o reconhecimento do cliente e sua satisfação também é algo estimulante.

7.     O que todo mundo pensa quando você diz que é arquiteto, mas não é verdade?

 

“Decorador ou designer é a mesma coisa que arquiteto” ou “faz só um desenho/rabisco” ou “arquiteto só escolhe coisa cara”.

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8.     Qual foi o último livro que leu?

 

A culpa é das estrelas, de John Green.

9.     Você é a favor da reserva técnica?

 

O Conselho de Arquitetura e Urbanismo – CAU – aprovou o Código de Ética e Disciplina de Arquitetura e Urbanismo. E condenou a reserva técnica à condição de infração. O respeito a essa decisão é importante para a nossa classe de profissionais.

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Perguntas e respostas:

 

1. Niemeyer ou Lúcio Costa? Lúcio Costa.

2. Pudim de leite ou mousse de chocolate? Mousse de chocolate.

3. E o Vento Levou ou Dançando na Chuva? E o Vento Levou.

4. Chico Buarque ou Elis Regina? Elis Regina.

5. Sushi ou pizza? Pizza.

6. Atari ou Playstation? Playstation.

7. Clarice Lispector ou Caio F. Abreu? Clarice Lispector.

8. Gato ou Cachorro? Cachorro, apesar de ter adotado uma gatinha que encontrei abandonada e a amamos.

9. Android ou iOS? Android.

10. Paris ou Milão? Milão.

 

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Roberta Ribeiro é formada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade UNIC, em Cuiabá e Pós-graduada em Lighting Design pela Universidade Castelo Branco, IPOG, em Cuiabá. Já teve projetos publicados na Revista Minha Casa, no projeto “Minha Casa Renovada”. Especializada em Arquitetura, Urbanismo, Arquitetura de Interiores, Light Design e Arquitetura de Eventos. Para conhecer mais:

 

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