Um é pouco? Mas dois pode ser ótimo! Foi a conclusão deste casal que já morava há tempos em um apartamento perto do Forte de Copacabana com uma vista incrível do mar e do Pão de Açúcar. Compacto, o imóvel de 65 m² e duas suítes já tinha passado por uma reforma em 2021, que melhorou bastante a vida do casal. Até que surgiu a possibilidade de adquirir o apartamento vizinho três anos depois. E os dois, claro, nem pensaram duas vezes.
“Como havíamos renovado o apartamento há pouco tempo, os clientes pediram para não mexer em absolutamente nada do que já tinha sido feito. Ou seja, tínhamos que incluir o segundo apartamento, criando um espaço único e integrado, sem que se percebesse que as duas reformas foram feitas em momentos diferentes” conta a arquiteta Vivian Reimers, do escritório VRO Arquitetura, responsável pelas duas obras.
Na primeira reforma, em 2021, a planta original – com duas suítes, lavabo e uma cozinha muito pequena -, tinha sido completamente modificada. Na época, a arquiteta integrou a cozinha com a sala criando uma bancada em península que incluía tanto um espaço para refeições como uma mesa de jantar.
Outra mudança significativa é que um dos quartos foi aberto para a área social já que o casal tem filhos já adultos que não moram no imóvel. Com isso, o espaço foi convertido em um ambiente multifuncional que servia como quarto de hóspedes, home office e sala de TV.
Ao adquirir o segundo apartamento, o desejo dos moradores era ter uma área social mais ampla e, também, uma suíte master bem confortável. Com isso, a segunda cozinha foi desativada e transformada num charmoso canto de bar.
“Aproveitamos as instalações existentes para criar uma bancada de apoio com uma cuba discreta, que tem uma tampa feita com a mesma pedra. Um recurso que garante um visual contínuo e elegante” destaca Vivian.
Já a área social ganhou muito mais amplitude, uma visão ainda mais privilegiada para o mar de Copacabana – avistado de todos os cantinhos do imóvel –, e a chance de abrigar belas peças, como a mesa de jantar de oito lugares de procedência europeia e o lustre francês estilo Versailles adquiridos em um antiquário. Um dos grandes desafios desta segunda reforma, aliás, foi justamente integrar as duas salas sem mexer no que havia sido feito três anos antes.
“Emendar o piso da sala e conciliar as alturas do forro de gesso sem criar desníveis foi uma verdadeira obra de mágica, especialmente porque os pés-direitos são relativamente baixos” lembra a arquiteta.
Outra solução tirada de sua cartola foi reaproveitar parte da marcenaria planejada para o primeiro imóvel, sem fazer adaptações em suas medidas. A cristaleira, que havia sido criada para a sala anterior, foi usada para esconder uma das portas de entrada.
Já o antigo painel de televisão com móvel de apoio foi para a nova suíte do casal. O ambiente, aliás, é um dos grandes destaques da segunda reforma.
Para criar o espaço dos sonhos do casal, a arquiteta uniu as duas suítes do segundo imóvel, mantendo os dois banheiros e transformando um dos quartos num confortável closet, com marcenaria planejada que inclui uma ilha central para organização de pequenos itens.
O lavabo também ganhou atenção especial. Um espelho, do acervo familiar, foi o ponto de partida da decoração que contou ainda com papel de parede de origem italiana imitando textura de linho e uma foto de Ari Kaye que traz a beleza do pôr do sol de Copacabana.
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