Apê na Rua Augusta é repleto de telas assinadas pelo morador francês
Localizado na Rua Augusta, em São Paulo, o projeto de 140 m² do escritório H2C Arquitetura abriga um ateliê e valoriza elementos originais da construção
Localizado em um prédio antigo de São Paulo, este apartamento charmoso leva a assinatura da arquiteta Helena Camargo, do escritório H2C Arquitetura e foi projetado para um francês que adora pintar quadros e escolheu o Brasil como casa. O morador chegou por aqui há doze anos para administrar um hotel no litoral paulista, morou no Rio de Janeiro, mas foi a terra da garoa que o encantou a ponto de ele adquirir um imóvel próprio.
O novo endereço já é icônico por sua localização: um prédio antigo na badalada Rua Augusta. E era ali que Helena precisava criar espaços integrados, que permitissem ter um ateliê na sala e também contemplar o pôr do sol da varanda. “Nas horas livres, o morador pinta telas à óleo com fragmentos que remetem ao mundo binário e pixels”, conta a arquiteta.
Além disso, o morador costuma receber amigos estrangeiros de passagem pelo Brasil. “Isso nos fez criar um segundo quarto de hóspedes, que não tem entrada conectada com a suíte dele, para manter a privacidade. No entanto, é possível conectá-los por meio do banheiro, o que permite a circulação 360 graus no apartamento, algo inédito”, explica a profissional.
“Um dos dormitórios foi integrado às salas de estar e jantar e essa ampliação fez surgir elementos estruturais do prédio, como vigas e pilares. Nós resolvemos deixá-los aparentes, com o concreto exposto”, revela Helena.
As paredes vazias na sala de jantar foram pensadas para que Marc pudesse pendurar telas em branco e criar suas obras de arte. “Por esse movo, fizemos uma pia de apoio nesse ambiente para ele lavar os pincéis e armários para organizar os materiais”, diz.
O maior trunfo do novo layout é a entrada da suíte principal. “Desenhamos uma porta de grandes dimensões e, quando aberta, aumenta a perspectiva de visão de quem está na sala de estar. Com essa intervenção, somamos as três janelas, o que permite ao morador admirar o horizonte e o pôr do sol sentado no sofá”, explica Helena. Já o quarto de hóspedes pode ser acessado pela cozinha para que o convidado não precise circular pela área íntima do apartamento.
Vários elementos originais do apartamento foram restaurados, como o piso original de taco de madeira, e outros valorizados, como o concreto aparente das estruturas. No mobiliário, destacam-se exemplares do modernismo garimpados em antiquários da cidade.
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