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São Paulo: 17 pontos que valem a visita na cidade

São Paulo tem preciosidades arquitetônicas, paisagísticas e culturais. Esse roteiro, sugerido por quem entende da cidade, podem guiar seu próximos programas

Por Reportagem Keila Bis | Fotos Victor Affaro
Atualizado em 19 jan 2017, 15h31 - Publicado em 15 jan 2013, 12h24
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*Matéria publicada em Arquitetura & Construção #309 – Janeiro de 2013

ZONA NORTE

Adepto da arquitetura sustentável, o arquiteto Gugu Costa (www.gugucosta.com.br) é apaixonado pelo Horto Florestal e pelo Museu Octávio Vecchi (tel. 11/2231-8555), que fica no local. “Conhecido como Museu da Madeira, é um espaço especial para mim, pois gosto de observar os diferentes tipos de árvores: a natureza é grande fonte de inspiração para o meu trabalho”, diz ele, que mora na mesma rua da zona norte desde que nasceu. O museu, além de expor um rico acervo sobre o material, tem lindas pinturas artísticas e vitrais que retratam a fauna e a flora. “Perto dali, subindo a serra da Cantareira, sempre visito O Velhão, com construções feitas de material de demolição”, revela o profissional, fã também do Parque da Juventude. “O projeto manteve referências do presídio Carandiru, sem matar a história do lugar.”

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ZONA SUL

Morador da região há mais de 40 anos, o paisagista Benedito Abbud (www.beneditoabbud.com.br) encontrou mais um lugar para relaxar nos fins de semana desde que a ciclovia do rio Pinheiros foi inaugurada, em 2010. “Existe um preconceito em relação ao cheiro e ao lixo do rio, mas ter contato com esse cenário desperta a consciência ambiental e a cidadania”, conta ele, que, após viver no Butantã, zona oeste, e no Morumbi, hoje reside na Vila Nova Conceição. A via para bicicletas, que tem 21,2 km – entre as estações de trem Jurubatuba e Villa-Lobos –, chega a receber 6 mil ciclistas aos sábados e domingos. “O trânsito na região piorou muito devido à verticalização, por isso, sempre que posso, evito usar o carro.” Outros dos seus passeios favoritos são o trecho arborizado da avenida Rebouças e o Parque Guarapiranga.

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ZONA LESTE

O arquiteto Ernesto Almeida Neto (www.riabitare.com.br) nasceu e sempre morou na zona leste. “O que me agrada na região é o clima de cidade do interior de alguns bairros”, conta ele, fascinado pelos velhos galpões fabris da Mooca, onde mora. As construções, de estilo inglês, datam do início do século 20. Entre elas, o Moinho, declarado Patrimônio Histórico de São Paulo, é um ex-moinho de farinha e atualmente um espaço de eventos (tel. 11/2698-0765). “Esses lugares representam o auge da industrialização da cidade”, reflete. Mas as construções modernas, como o Sesc Belenzinho e o estádio Itaquerão (ao lado), também estão entre suas preferências. “A primeira é um ótimo exemplo de arquitetura sustentável, e a segunda possui traços da escola de arquitetura Bauhaus, como a leveza e a simetria retilínea.”

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ZONA OESTE

Na memória da arquiteta e urbanista Anna Julia Dietzsch (www.arquiteturadaconvivencia.com.br), a infância passada no Alto de Pinheiros traz lembranças de uma época em que as ruas eram de terra e as casas tinham portões e grades baixas. “Sempre gostei das praças desta região, em especial, a das Corujas [avenida das Corujas]. Tem um riozinho que corre aberto ao meio de uma vegetação tropical e hoje há uma horta comunitária”, conta. Cuidadas por um grupo de voluntários, muitos deles moradores, as verduras estão à venda para todos. Um dos seus prazeres é também passear pela Vila Madalena e ver os becos com grafites. “E, mais recentemente, as galerias que ocupam os antigos galpões da Barra Funda. É um tipo de ‘urbanismo de guerrilha’, ou seja, uma iniciativa da população para revitalizar lugares públicos abandonados.”

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CENTRO

O abandono e a violência da área central entristecem o arquiteto Marcelo Rosset (www.marcelorosset.com.br), morador da local desde que nasceu. “Mas centros culturais, como a recém-inaugurada Praça das Artes, podem ajudar a resolver o problema”, pondera. O novo complexo – projeto do arquiteto Marcos Cartum desenvolvido pelo Brasil Arquitetura – foi criado para abrigar os ensaios e os corpos artísticos do Theatro Municipal, a uma quadra e meia do local. “Era uma área muito degradada e necessitava de uma intervenção de peso como esta.” Para ele, a região da Luz é outro bom exemplo do grande potencial cultural de renovação do lugar, com suas magníficas edificações antigas. “Basta ver a beleza da Sala São Paulo. Já o Copan é um tradicional ícone visual do centro, com suas formas fluidas e orgânicas.”

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*Matéria publicada em Arquitetura & Construção #309 – Janeiro de 2013

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