Rosa antigo, delicadeza nata

O rosa antigo não vive somente dos louros do passado. Atual e feminina, a cor realça o romantismo no jeito contemporâneo de vestir e de morar

Por Raphaela de Campos Mello | Reportagem fotográfica: Henrique Morais
Atualizado em 21 dez 2016, 00h02 - Publicado em 24 Maio 2012, 16h55
rosa

A saia de tafetá que rodopia pelo salão de baile da minha imaginação bem poderia ser tingida de rosa antigo, assim como o tule da bailarina e o laço de cetim da boneca de louça. Carregada de nostalgia, essa cor para lá de feminina inspira sentimentalismo há séculos. “O matiz remete à corte de Maria Antonieta, na França, como também à década de 50”, afirma Denise Moraes, consultora de moda do Senac São Paulo.

Na decoração, espelhos e cômodas de época reforçam a atmosfera retrô, mas ainda é possível valer-se do rosa antigo para criar espaços atuais. “Podemos combiná-lo com mobiliário preto e com objetos de aço inoxidável escovado. A madeira de demolição na tonalidade mel também é ótima parceira”, detalha a arquiteta paulista Karina Afonso. De um jeito ou de outro, uma coisa é certa: o romantismo resiste ao tempo sem perder o seu encanto e a sua delicadeza

rosa2

No departamento de beleza, lá atrás, agradava as damas. Nos dias de hoje, seduz as mulheres equilibristas, que se desdobram em mil papéis. Está no terninho, no tricô e até no esmalte. Afinal, qual o segredo de tanto ibope? “Por ser neutro, é um curinga que casa com diversos tons: bege, preto, azul-marinho, branco, berinjela”, enumera Denise Moraes. Democrático, ainda se harmoniza com todas as gradações de pele. “A versão com nuances de lilás afina-se às claras; a esmaecida, às morenas. Quem tem a cútis amarelada só deve evitar as paletas que se aproximem do nude”, aconselha a especialista.

Publicidade