Pinheiros: alternativo e agitado
Endereço certo para quem gosta da vida urbana e boêmia - e não se incomoda com o barulho
Novos edifícios empresariais e residenciais concentram-se no chamado “Baixo Pinheiros”,entre a Avenida das Nações Unidas (marginal) e as imediações da Praça Benedito Calixto. As obras da esperada linha de metrô, com início das operações previsto para 2010, já influenciam nos preços. “Com as estações Pinheiros e Fradique Coutinho em construção, houve uma valorização de 10% dos imóveis”, afirma Romeu Busarello, diretor de Marketing da construtora Tecnisa. A impressionante diversidade de comércio e serviços caracteriza o bairro, com localização privilegiada. Gente de toda a capital e dos municípios vizinhos passa por ali a caminho de casa, e quem chega do interior encontra acesso fácil. Difícil, às vezes, é andar pelo Largo da Batata e pela rua Teodoro Sampaio, de tantas barracas de camelôs. A intensa vida noturna e cultural também chama atenção. Bares, restaurantes e cinemas agitam o trânsito nos finais de semana. Aos sábados, a feira da Praça Benedito Calixto virou programa obrigatório. O Centro Cultural Britânico e o Instituto Tomie Ohtake engordaram o cardápio intelectual da região. Conta-se que o nome do bairro se deve a um bosque de araucárias. Em 1584, criou-se uma multa de 500 réis para quem cortasse árvores sem licença em Pinheiros. Pelo visto, de nada serviu a medida. Os troncos deram lugar ao asfalto, e o rio povoado de curvas virou um canal morto. No século 18, o posicionamento estratégico rumo ao interior chamou os bandeirantes, que ali estabeleceram pouso e hoje vivem nas placas: Simão Álvares, rua cobiçada por causa dos prédios baixos com varanda, assim como Cunha Gago, Fradique Coutinho, Mourato Coelho, Pedroso de Morais e Fernão Dias (o caçador de esmeraldas possuía terras na região).
Positivos
Farto transporte público
Opções culturais e de lazer
Rede de serviços
Negativos
Trânsito carregado
Faltam áreas verdes
Incidência de pequenos furtos
Burburinho
“A feira da praça Benedito Calixto vive a sua melhor época”, afirma Alberico Rodrigues, que abriu uma livraria ali e adotou uma faixa de terreno da prefeitura, onde cultiva um jardim às próprias custas. Há vinte anos, antes do mercado das pulgas, a área vivia abandonada. Agora, todos comem, bebem e se deparam com amigos sem marcar encontro – uma raridade na metrópole.
O bairro atrai muitos jovens e uma gente descolada que aprecia o bom mix de residências, comércio variado, opções culturais e de lazer. A meio caminho da USP e do centro da cidade, a região é um dos pousos preferidos do público universitário. Mas muitas famílias também usufruem as qualidades de Pinheiros. Diversidade e dinamismo são seus principais trunfos.