Pinheiros: alternativo e agitado

Endereço certo para quem gosta da vida urbana e boêmia - e não se incomoda com o barulho

Por Da redação
Atualizado em 14 dez 2016, 12h29 - Publicado em 15 nov 2006, 19h25

Novos edifícios empresariais e residenciais concentram-se no chamado “Baixo Pinheiros”,entre a Avenida das Nações Unidas (marginal) e as imediações da Praça Benedito Calixto. As obras da esperada linha de metrô, com início das operações previsto para 2010, já influenciam nos preços. “Com as estações Pinheiros e Fradique Coutinho em construção, houve uma valorização de 10% dos imóveis”, afirma Romeu Busarello, diretor de Marketing da construtora Tecnisa. A impressionante diversidade de comércio e serviços caracteriza o bairro, com localização privilegiada. Gente de toda a capital e dos municípios vizinhos passa por ali a caminho de casa, e quem chega do interior encontra acesso fácil. Difícil, às vezes, é andar pelo Largo da Batata e pela rua Teodoro Sampaio, de tantas barracas de camelôs. A intensa vida noturna e cultural também chama atenção. Bares, restaurantes e cinemas agitam o trânsito nos finais de semana. Aos sábados, a feira da Praça Benedito Calixto virou programa obrigatório. O Centro Cultural Britânico e o Instituto Tomie Ohtake engordaram o cardápio intelectual da região. Conta-se que o nome do bairro se deve a um bosque de araucárias. Em 1584, criou-se uma multa de 500 réis para quem cortasse árvores sem licença em Pinheiros. Pelo visto, de nada serviu a medida. Os troncos deram lugar ao asfalto, e o rio povoado de curvas virou um canal morto. No século 18, o posicionamento estratégico rumo ao interior chamou os bandeirantes, que ali estabeleceram pouso e hoje vivem nas placas: Simão Álvares, rua cobiçada por causa dos prédios baixos com varanda, assim como Cunha Gago, Fradique Coutinho, Mourato Coelho, Pedroso de Morais e Fernão Dias (o caçador de esmeraldas possuía terras na região).

 

Positivos

Farto transporte público

Opções culturais e de lazer

Rede de serviços

Negativos

Trânsito carregado

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Faltam áreas verdes

Incidência de pequenos furtos

Burburinho

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“A feira da praça Benedito Calixto vive a sua melhor época”, afirma Alberico Rodrigues, que abriu uma livraria ali e adotou uma faixa de terreno da prefeitura, onde cultiva um jardim às próprias custas. Há vinte anos, antes do mercado das pulgas, a área vivia abandonada. Agora, todos comem, bebem e se deparam com amigos sem marcar encontro – uma raridade na metrópole.

O bairro atrai muitos jovens e uma gente descolada que aprecia o bom mix de residências, comércio variado, opções culturais e de lazer. A meio caminho da USP e do centro da cidade, a região é um dos pousos preferidos do público universitário. Mas muitas famílias também usufruem as qualidades de Pinheiros. Diversidade e dinamismo são seus principais trunfos.

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