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Grafite na favela: artistas trazem cor e poesia para moradias carentes

Grafiteiros colorem vias entre barracos da Favela D'Avó, no Itaim Paulista, e promovem sarau com música e poesia em conjunto com os moradores

Por Texto e fotos Kátia Lombardo
Atualizado em 16 fev 2024, 11h53 - Publicado em 19 set 2012, 18h46

Artistas de diferentes estilos e vertentes uniram-se aos moradores da comunidade Vila União Beira Linha (também chamada de Favela D’Avó) no Itaim Paulista, Zona Leste, e promoveram o 2º Festival Grafitando na Favela. Entre os artistas estavam Simone Sapienza Siss, Celso Gitay (um dos precursores da Street Art no Brasil), Galvani Galo, Cris Ignoto, Bruno Pere, Dumeem, Gryllo, Eita, Lamah, Sprart, Totó, Muro e Taí. A ideia da iniciativa, que contou com a organização de Maurício de Moraes Noronha e Pedro Leonardo Eita, era era um novo olhar para o local, por meio da arte. “Esperamos que a arte como um todo seja compartilhada e disseminada pela população”, diz Mauricio Novaes.

Redes sociais, panfletos, stickers e muros grafitados foram os canais de divulgação. Casas, bares, quitandas e outros comércios, por entre ruas estreitas e labirínticas, abriram suas portas para a intervenção dos artistas. Algumas moradoras se revezaram no preparo de almoço para que servir os grafiteiros. Pouco a pouco os corredores e vielas foram se colorindo, sob os olhares dos transeuntes, moradores e sobretudo das crianças sedentas por arte, com sorrisos encantadores. Durante a grafitagem aconteceram declamações de poetas moradores do entorno, discotecagem e apresentações de bandas musicais. Segundo os organizadores, 200 pessoa e 60 artistas participaram do evento.