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Como adquirir autoconfiança

Essa força nos para dar sempre um passo a frente. Saiba como se tornar mais confiante e manter-se assim

Por Raphaela de Campos Mello
Atualizado em 20 dez 2016, 18h25 - Publicado em 10 Maio 2012, 13h08
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“A autoconfiança é uma virtude que foi quase perdida na sociedade voltada para as coisas exteriores”, diagnostica M. J. Ryan, autora de O Poder da Autoconfiança (ed. Sextante). A consultora norte-americana está se referindo à corrida insana pela excelência, marca dos tempos atuais.

Justamente quando mais precisamos dessa força decisiva ela nos escapa, seja porque não fomos estimuladas desde cedo a acreditar em nossos talentos, seja porque pressões vindas de todos os lados, inclusive de nós mesmas, nos dão um xeque-mate. Encaramos o espelho e, no lugar de um ser confiante e dono de si, encontramos apenas um par de olhos intimidados.

“A autoconfiança começa a se constituir na relação entre a mãe e o bebê”, afirma Liane Zink, psicoterapeuta corporal e diretora do Instituto de Análise Bioenergética de São Paulo. Ao longo da infância, esse sentimento vai se consolidando à medida que o amor, o interesse e o zelo pela cria se manifestam no dia a dia.

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Quando esse vínculo não é estabelecido, o pequeno cresce sem uma base de sustentação para a formação da sua identidade. “Quem apresenta esse histórico não consegue reconhecer seu próprio valor, acha que tudo o que faz é ruim ou dá errado. Torna-se melancólico e se coloca na posição de vítima”, diz Liane.

A psicóloga e terapeuta familiar Rosana Trindade Rodrigues, de São Paulo, alerta que um dos fatores que minam o desabrochar dessa competência é o excesso de crítica por parte dos pais, obcecados pela ideia de que os filhos precisam atingir a perfeição em tudo o que fazem.

No entanto, o desenvolvimento ou não da autoconfiança também é reflexo da personalidade de cada um. Isso explica, por exemplo, por que filhos criados pelos mesmos pais se tornam adultos com níveis distintos desse sentimento.

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No entanto, a insegurança de um filho, não deve ser encarada como um problema insolúvel. “O filho mais frágil e sensível pode fazer escolhas sólidas e cautelosas, desde que tenha o apoio da família”, acredita o psicólogo Zheca Catão, de São Paulo.

A ausência de encorajamento dentro do lar também não é um obstáculo insuperável. “Há casos em que a criança encontra suporte fora de casa, tendo como referência um parente, professor ou vizinho”, enfatiza Rosana.

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Resgate a autoconfiança perdida

 

Temos uma boa notícia: a autoconfiança pode ser recuperada a qualquer momento, desde que a pessoa se disponha a investigar as causas de suas inseguranças.

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Os estudiosos da psique garantem que o autoconhecimento através da terapia é um grande impulso para o fortalecimento da autoestima. Quando resgatamos o que existe de bom em nós, descobrimos que ninguém pode apagar nossas conquistas.

Outro caminho é procurar a ajuda de um terapeuta corporal. Esse profissional irá auxiliar o paciente a extravasar suas aflições e reencontrar a fé em si mesmo. “Em primeiro lugar, é preciso estimular a percepção do corpo, por exemplo, fazendo a pessoa reconhecer que tem pernas fortes e que pode confiar nelas”, descreve Liane.

Os altos e baixos da autoconfiança

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Quem tem autoestima elevada, não está imune aos solavancos da vida. Durante uma crise ou perda emocional ou financeira, qualquer pessoa pode se abalar, mesmo que isso não a desestruture. Isso é humano.

Em outros casos, a autoconfiança transborda, afastando as pessoas ao redor. Ninguém suporta um ser presunçoso e arrogante. “A presunção é um mecanismo de defesa que camufla a deficiência de algum aspecto”, analisa a terapeuta familiar Rosana Trindade.

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Andemos, então, no caminho do meio, onde o chão é confiável e nossas pernas suportam as ondulações do trajeto. Para tanto, há que se olhar mais de perto, sobretudo, com mais generosidade e menos exigências.

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