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Artista japonesa cria instalação com lã para questionar sobre o sentido da vida

Com lã vermelha e cascos de barco, Chiharu Shiota versa sobre a maneira como nos relacionamos 

Por Redação
Atualizado em 30 nov 2016, 02h59 - Publicado em 21 set 2016, 17h15

Na Bienal de Veneza de 2015, a artista japonesa Chiharu Shiota usou lã vermelha, mais de 50.000 chaves e dois barcos antigos para explorar nossa noção de memória e como nos relacionamos. Sua mais nova instalação, chamada de “Uncertain Journey” (ou Jornada Incerta, em tradução livre), pode ser considerada uma progressão da apresentada na Bienal.

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Ainda usando metros sem fim de lã vermelha vibrante, Chiharu cobre quase por completo o teto da galeria. Os fios então escorrem pelas paredes e pelo ar até alcançarem cascos de barcos, no chão.

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O labirinto emaranhado representa nosso interior – na cor vermelha – e as conexões neurais do cérebro. Para a galeria onde a instalação foi criada, a artista ainda afirma: “as linhas de lã significam, para mim, tudo que conecta as pessoas e as mudanças das relações humanas”.

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Já os barcos ocos simbolizam nossa jornada, carregando a lã pelo vasto espaço também vazio, completamente branco. Pensando assim, a instalação levanta reflexões sobre destino e pertencimento, o que é corpo e alma e também as famigeradas perguntas: “o que somos, de onde viemos e para onde vamos?”.

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A Uncertain Journey é exibida na galeria Blain | Southern, em Berlin, de 17 de Setembro até 12 de Novembro.

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