Arquibancada para campinho de várzea
O projeto de Marcelo Barbosa e Jupira Corbucci mostra que espaço de diversão de regiões periféricas pode ser beneficiado com poucos recursos
O paulistano que se abriga sob uma das plataformas vermelhas da SPTrans, a espera do ônibus que o levará de volta à casa geralmente muito longe de seu trabalho não imagina que os criadores daquela estrutura metálica presente em seu dia-a-dia também pensaram em uma outra estrutura que poderia iluminar os seus dias de lazer. Arquibancadas bonitas, marcantes e de baixo custo para os campos de várzea de São Paulo com esse projeto, os arquitetos Marcelo Barbosa e Jupira Corbucci chamam atenção na 8ª Bienal Internacional de São Paulo. A dupla mapeou os campos de várzea de São Paulo e fez a proposta Copa do Mundo: o Lado B. A paixão por futebol norteou seus passos. Como os profissionais justificam no trabalho exposto: Paixão de um público que não terá acesso ao evento milionário da Copa. Paixão claramente desenhada na vista aérea da metrópole. A favela, como território urbano desordenado, ocupa córregos, ruas ou topografias impossíveis, mas contorna o espaço sagrado do campo de futebol.
As arquibancadas seriam feitas em módulos, com nervura metálica tramada e chapas pintadas e emborradas. O custo de uma peça de 48 m seria inferior a R$ 220 mil, segundo a proposta muitíssimo menos do que será investido em um único estádio na Copa 2014.