Arquibancada para campinho de várzea

O projeto de Marcelo Barbosa e Jupira Corbucci mostra que espaço de diversão de regiões periféricas pode ser beneficiado com poucos recursos

Por Por Márcia Carini
Atualizado em 20 dez 2016, 16h00 - Publicado em 16 nov 2009, 19h30

O paulistano que se abriga sob uma das plataformas vermelhas da SPTrans, a espera do ônibus que o levará de volta à casa – geralmente muito longe de seu trabalho – não imagina que os criadores daquela estrutura metálica presente em seu dia-a-dia também pensaram em uma outra estrutura que poderia iluminar os seus dias de lazer. Arquibancadas bonitas, marcantes e de baixo custo para os campos de várzea de São Paulo – com esse projeto, os arquitetos Marcelo Barbosa e Jupira Corbucci chamam atenção na 8ª Bienal Internacional de São Paulo. A dupla mapeou os campos de várzea de São Paulo e fez a proposta Copa do Mundo: o Lado B. A paixão por futebol norteou seus passos. Como os profissionais justificam no trabalho exposto: “Paixão de um público que não terá acesso ao evento milionário da Copa. Paixão claramente desenhada na vista aérea da metrópole. A favela, como território urbano desordenado, ocupa córregos, ruas ou topografias impossíveis, mas contorna o espaço sagrado do campo de futebol”.

As arquibancadas seriam feitas em módulos, com nervura metálica tramada e chapas pintadas e emborradas. O custo de uma peça de 48 m seria inferior a R$ 220 mil, segundo a proposta – muitíssimo menos do que será investido em um único estádio na Copa 2014.

No projeto Copa do Mundo: o Lado B, apresentado por Marcelo Barbosa e Jupira ... Incrementar o lazer em regiões menos favorecidas de São Paulo é uma das ne... A maquete apresentada por Marcelo Barbosa e Jupira Corbucci, no projeto Copa ... A ilustração mostra como podem ser montados os módulos, da proposta de Mar... O desenho mostra como seria a estrutura da arquibancada para campos de várze...

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