5 revelações da 15ª Bienal de Arquitetura de Veneza
Inaugurada no último sábado, a Bienal de Veneza se estende até novembro e apresenta uma série de trabalhos com ideias arquitetônicas. Conheça cinco revelações.
A 15ª edição da Bienal de Arquitetura de Veneza abriu as portas no último sábado, dia 28 de maio, e se estende até o final de novembro. Até lá, o público poderá ver projetos inspiradores criados por profissionais de todo o mundo. Selecionamos cinco mostras que merecem sua atenção.
1. Unfinished
Prédios podem revelar um momento histórico e econômico e, mais do que isso, como a arte pode reconstruir o belo. A exposição espanhola Unfinished, com curadoria do arquiteto Iñaqui Carnicero, co-fundador do Rica Studio, e Carlos Quintáns, é uma reflexão sobre o valor do inacabado. A Espanha foi uma das nações europeias mais prejudicadas com a crise econômica e muitos de seus prédios, que começaram a ser erguidos na última década, não foram concluídos. O resultado é que, pelas ruas do país, a arquitetura está em processo, não finalizada. O que essa exposição propõe é um olhar sobre como o inacabado pode ser belo.
2. Droneport
A Fundação Norman Foster apresentou o protótipo do Droneport, um bom exemplo de como a arquitetura pode beneficiar o desenvolvimento social. O projeto, que ainda está em fases de testes e só deve ser implantado em 2020, é uma construção que será erguida em regiões africanas carentes de medicamentos e suprimentos. Desses pontos, que tiveram suas estruturas apresentadas na Bienal, sairão drones e caminhões que irão abastecer os locais necessitados.
3. Representações de Auschwitz
No Pavilhão Central da Bienal, há um espaço em que a arquitetura é uma luta contra o esquecimento histórico. Desenvolvido por arquitetos em parceria com pesquisadores University of Waterloo, o espaço é uma réplica em tamanho real dos campos de concrentação de Auschwitz. Avaliada como um soco no estômago pelos visitantes, indica como a arquitetura, com suas câmaras de gás e incineradores, foi erguida para facilitar a multilação.
4. Piscina australiana
O estúdio australiano Aileen Sage Architects criou uma piscina para destacar a importância deste tipo de espaço público para a identidade cultural do país, que é equivalente à das praças nas cidades europeias. Muitos eventos importantes da história da Austrália, como protestos dos aborígenes, aconteceram ao redor de piscinas públicas. Estes espaços onde todos são iguais e bem-vindos, tornaram-se fundamentais para acabar com a segregação racial e cultural, segundo as curadoras do Instituto Australiano de Arquitetos, Amelia Holliday, Isabelle Toland e Michelle Tabet. Confira o projeto aqui.
5. Parede de livros
Uma biblioteca de madeira acolhedora, ao redor de todo o espaço, é o projeto dos arquitetos eslovenos Aljoša Dekleva e Tina Gregorič. Feita não apenas para guardar livros, mas também para abraçar os visitantes, a estrutura cheia de prateleiras e bancos convida os visitantes a escalarem suas superfícies e folhearem as páginas dos cerca de 300 livros expostos. Mais informações podem ser encontradas aqui.