5 revelações da 15ª Bienal de Arquitetura de Veneza

Inaugurada no último sábado, a Bienal de Veneza se estende até novembro e apresenta uma série de trabalhos com ideias arquitetônicas. Conheça cinco revelações.

Por Texto: Marcel Antonio
Atualizado em 15 dez 2016, 12h46 - Publicado em 31 Maio 2016, 19h53

A 15ª edição da Bienal de Arquitetura de Veneza abriu as portas no último sábado, dia 28 de maio, e se estende até o final de novembro. Até lá, o público poderá ver projetos inspiradores criados por profissionais de todo o mundo. Selecionamos cinco mostras que merecem sua atenção.

1. Unfinished

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Prédios podem revelar um momento histórico e econômico e, mais do que isso, como a arte pode reconstruir o belo. A exposição espanhola Unfinished, com curadoria do arquiteto Iñaqui Carnicero, co-fundador do Rica Studio, e Carlos Quintáns, é uma reflexão sobre o valor do inacabado. A Espanha foi uma das nações europeias mais prejudicadas com a crise econômica e muitos de seus prédios, que começaram a ser erguidos na última década, não foram concluídos. O resultado é que, pelas ruas do país, a arquitetura está em processo, não finalizada. O que essa exposição propõe é um olhar sobre como o inacabado pode ser belo.

2. Droneport

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A Fundação Norman Foster apresentou o protótipo do Droneport, um bom exemplo de como a arquitetura pode beneficiar o desenvolvimento social. O projeto, que ainda está em fases de testes e só deve ser implantado em 2020, é uma construção que será erguida em regiões africanas carentes de medicamentos e suprimentos. Desses pontos, que tiveram suas estruturas apresentadas na Bienal, sairão drones e caminhões que irão abastecer os locais necessitados.

3. Representações de  Auschwitz

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No Pavilhão Central da Bienal, há um espaço em que a arquitetura é uma luta contra o esquecimento histórico. Desenvolvido por arquitetos em parceria com pesquisadores University of Waterloo, o espaço é uma réplica em tamanho real dos campos de concrentação de Auschwitz. Avaliada como um soco no estômago pelos visitantes, indica como a arquitetura, com suas câmaras de gás e incineradores, foi erguida para facilitar a multilação.

4. Piscina australiana

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O estúdio australiano Aileen Sage Architects criou uma piscina para destacar a importância deste tipo de espaço público para a identidade cultural do país, que é equivalente à das praças nas cidades europeias. Muitos eventos importantes da história da Austrália, como protestos dos aborígenes, aconteceram ao redor de piscinas públicas. Estes espaços onde todos são iguais e bem-vindos, tornaram-se fundamentais para acabar com a segregação racial e cultural, segundo as curadoras do Instituto Australiano de Arquitetos, Amelia Holliday, Isabelle Toland e Michelle Tabet. Confira o projeto aqui.

5. Parede de livros

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Uma biblioteca de madeira acolhedora, ao redor de todo o espaço, é o projeto dos arquitetos eslovenos Aljoša Dekleva e Tina Gregorič. Feita não apenas para guardar livros, mas também para abraçar os visitantes, a estrutura cheia de prateleiras e bancos convida os visitantes a escalarem suas superfícies e folhearem as páginas dos cerca de 300 livros expostos. Mais informações podem ser encontradas aqui.

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