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Presépio com Sagrada Família separada denuncia crise migratória do país

Com a iniciativa, a United Methodist Church propôs uma reflexão sobre a política migratória do governo Trump

Por Yara Guerra
Atualizado em 11 dez 2019, 13h46 - Publicado em 11 dez 2019, 11h35
(Reverenda Karen Clark Ristine/Divulgação)

Subversiva e progressista como é, a Califórnia inovou nas representações natalinas de 2019. Em Los Angeles, uma Igreja Metodista fez uma declaração poderosa acerca da política migratória dos Estados Unidos, com um presépio que retrata Jesus, Maria e José como familiares em jaulas, separados na fronteira entre México e Estados Unidos.

A cena, reproduzida online no sábado (9 de dezembro), faz parte dos usuais questionamentos sociais da United Methodist Church de Claremont, que também já refletiu a crise dos moradores de rua do Estado.

Nesta última ocasião, o grupo divulgou uma declaração teológica sobre o tratamento dos Estados Unidos com refugiados.

(David Swanson/Divulgação)

Uma publicação no facebook da reverenda Karen Clark Ristine incentiva os espectadores a “considerar a família de refugiados mais conhecida do mundo”.

A declaração continua: “logo após o nascimento de jesus, José e Maria foram forçados a fugir com seu filho pequeno de Nazaré ao Egito para escapar do Rei Herodes, um tirano. Eles temiam perseguição e morte. E se essa família buscar refúgio em nosso país hoje?”, indaga.

Assim como é entregue aos imigrantes nos abrigos, o menino Jesus do presépio foi envolvido em uma manta térmica. (David Swanson/Casa.com.br)

A discussão vem em um momento importante. Segundo o American Civil Liberties Union (ACLU), aproximadamente 5.500 crianças migrantes foram separadas de seus pais pelo governo Trump.

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A instituição recebeu, em outubro, uma contabilização de cada uma das famílias, ordenada ao governo pela Justiça.

A contabilidade mostra que, aproximadamente, 1.000 crianças foram isoladas de seus pais desde a ordem de separação declarada pelo governo Trump em junho de 2018.

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