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Paralela: Yurtacaraíva, uma comunhão entre povos em forma de construção

A cabana é originária do Quirguistão e foi construída por indígenas pataxós como parte do projeto "De Volta ao Porto do Boi"

Por Ana Carolina Harada
Atualizado em 17 fev 2020, 15h35 - Publicado em 12 fev 2020, 19h11
(Divulgação/Casa.com.br)

Bem ao lado do palco de Talks na Feira Paralela, está algo bem diferente de um estande. Trata-se de uma construção chamada Yurta, feita pelos indígenas pataxós Muca e Bajau (seus nomes significam, respectivamente, “união” e “porta-flecha”). Sentados no interior, usando seus cocares, eles contam que aprenderam a construir a Yurta com “um gringo que veio”.

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Esse estrangeiro era o belga Jappe Delva que, junto de Rafaela Zincone e Luana Andradeum, criaram do projeto ‘De Volta ao Porto do Boi’. A ideia era oferecer possibilidades de incremento de renda aos moradores da comunidade indígena Pataxó do Porto do Boi. A verdade é que a técnica construtiva da Yurta vem de muito mais longe do que da Europa. Originária do Quirguistão e com mais de 3.000 anos, ela é patrimônio tombado pela UNESCO e era morada de povos nômades da Ásia.

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(Divulgação/Casa.com.br)

Essa morada ancestral é cheia de significados. A coroa na parte superior sustenta a estrutura e representa o Sol. As ripas são os raios de luz e as treliças das paredes são os troncos e galhos emaranhados das florestas. A porta parece pequena e realmente é: tem apenas 1,60 m, para que quem entre, faça uma reverência à Terra.

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Muca e Bajau dizem, com orgulho, que a Yurta da feira é um primeiro protótipo e foi executado em menos de um mês, “mas a montagem aqui na feira leva menos de uma hora”. Os materiais são muito elementares: madeira, corda e algodão encerado – um tipo de lona. As paredes são sanfonadas e os arcos são soltos, o que permite o deslocamento e montagem em outro local. Dentro da construção, há uma seleção de móveis e objetos decorativos curados por Fabio Galeazzo.

(Divulgação/Casa.com.br)

Os dois também contam sobre a troca cultural que viveram com “o gringo”, e como era enriquecedora o cruzamento de experiências, conhecimentos e tradições, mesmo com as barreiras da linguagem. Esse intercâmbio é exatamente a alma do projeto que, de várias formas, povos diferentes podem partilhar da mesma morada, pessoas de origens divergentes podem se unir e construir algo novo, afinal, como coloca o nome da obra “somos todos indígenas”.

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Serviço 37ª Paralela Design

Quando?

Dias 12 e 13 – das 10h às 20h

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Dia 14 – das 10h às 18h

Onde?

Pavilhão Oca Ibirapuera – Av. Pedro Álvares Cabral, Parque Ibirapuera, portão 3, São Paulo

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Quanto?

Gratuito. Evento com foco prioritário em lojistas e profissionais da área.

Credenciamento no site: www.paraleladesign.com.br

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