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Experimente a sensação da luz na exposição Cruz-Diez: a liberdade da cor

O Espaço Cultural Porto Seguro recebe 30 trabalhos, alguns inéditos no Brasil, com a curadoria de Rodrigo Villela

Por Ana Carolina Harada
Atualizado em 17 fev 2020, 15h38 - Publicado em 10 jan 2020, 16h06

O Espaço Cultural Porto Seguro fica iluminado e colorido até fevereiro com a exposição Cruz-Diez: a liberdade da cor, curada por Rodrigo Villela. Com 30 trabalhos, incluindo instalações, fotografias, obras de colecionadores brasileiros e vídeos documentais, a exposição traz um panorama do pensamento e pesquisa do artista.

(Reprodução/Casa.com.br)

Carlos Cruz-Diez é franco-venezuelano e passou boa parte de sua carreira estudando a cor na arte contemporânea. Ficou conhecido internacionalmente por seus trabalhos cinéticos e imersivos, cada vez mais desvinculados da figuração ou qualquer tipo de materialidade até.

A Través Del ColornnCiudad de Panamá, Panamá (Rafael Guillén/Casa.com.br)

A primeira parte da exposição, no térreo, é composta por quatro obras vindas de colecionadores brasileiros. Elas funcionam como um espécie de introdução aos conceitos de Diez. Na sequência, o público encontra o Labirinto Transcromia, no mezanino. Inédita no Brasil, esta instalação interativa possui estruturas coloridas e translúcidas presas ao teto, que formam novas cores e efeitos conforme se caminha por elas.

(Reprodução/Casa.com.br)

No subsolo, está um verdadeiro experimento de percepção. Ali ficam quatro objetos – um cilindro, uma esfera e dois pedestais – iluminados por quatro feixes luminosos, cada um de uma cor. Cria-se então uma ilusão pela projeção cruzada das luzes.

(Reprodução/Casa.com.br)

Já na obra Cromossaturação, o objetivo é estimular os três tipos de cones (células que identificam as cores) isoladamente na retina por meio de três salas: uma vermelha, uma verde e uma azul. Por fim, há uma série de fotos feitas pelo próprio artista.

“A seção das fotografias mostra a humanidade do olhar de Cruz-Diez para com o mundo ao seu redor, e ao mesmo tempo já evidenciam seu gosto pela geometria e pelas composições equilibradas de luz e sombra – elementos clássicos da fotografia que em si tendem à abstração”, reflete Villela.

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