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Espaço de exibições é construído debaixo da cidade de Nova York

A ARTECHOUSE, como foi chamada, expõe arte digital e fica embaixo do movimentado Chelsea Market de NYC

Por Yara Guerra
Atualizado em 17 fev 2020, 15h48 - Publicado em 1 out 2019, 16h07
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Machine Hallucination, de Refik Anadol. (Divulgação/Casa.com.br)

Para muito mais além de suas icônicas estações de metrô, a cidade de Nova York apresenta em seu subsolo um oásis da arte: a ARTECHOUSE.

Fundado em 2015 por Tatiana Pastukhova e Sandro Kereselidze, o espaço já existente em Miami e Washington surgiu em NYC como uma plataforma de desenvolvimento e apresentação de novos projetos de mídia.

É o caso da Machine Hallucination, de Refik Anadol, primeira a ser apresentada no lugar.

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Machine Hallucination, de Refik Anadol. (Divulgação/Casa.com.br)
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Localizada entre as paredes subterrâneas da sala de caldeiras sob o saguão principal do Chelsea Market, a ARTECHOUSE busca prover a artistas alguns recursos de tecnologia sofisticada para que eles possam exercer o seu trabalho.

De acordo com Pastukhova, o espaço é “uma casa onde artistas de novas mídias são livres para criar e mostrar seu trabalho sem limitações”.

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(Divulgação/Casa.com.br)
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Machine Hallucination é o culminar da tenaz pesquisa de Anadol em generative adversarial networks (GANs), um tipo de tecnologia treinada para produzir realidades simuladas que derivam de imagens do “mundo real”.

“Essas redes se treinam e seu diálogo pode ser capturado para criar uma história”, explica Anadol. “Então, digamos que seja o futuro próximo. Uma máquina tomou um espaço e sonha com a cidade em que se insere. Nesse caso, essa cidade é Nova York. Como seria o sonho dessa máquina?”, provoca o artista.

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Com mais de 100 milhões de fotografias públicas de Nova York – a maior massa de dados brutos reunidos para uma obra de arte até agora –, Anadol criou um algoritmo treinado para mirar em imagens de arquivo e postagens do Instagram sem sujeitos humanos (em proteção de sua privacidade).

A máquina processou posteriormente um subconjunto de 8 milhões de fotos em mil dimensões impressionantes, ao que Anadol se refere como de “mundos enormes e inimagináveis” a partir de então.

Tente imaginar uma interpretação inconcebível e nunca antes vista de Nova York, cujas raízes se encontram nos inúmeros genuínos e humanos cliques dos marcos da cidade.

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(Divulgação/Casa.com.br)

Anadol, que participou do Artists and Machine Intelligence Program da Google, está entre a primeira geração de artistas visuais a criar com a inteligência artificial.

É exatamente por isso que o dissidente turco foi escolhido pela ARTECHOUSE para produzir obras sensoriais, imersivas e artísticas.

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Evitando a tradicionalidade de museus, o espaço convida seus espectadores a entrar na obra de arte, em vez de se afastar dela – “um tipo de envolvimento que a maioria das pessoas nunca experimentou”, observa Pastukhova.

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